Filippa volta à prefeitura de Iguazú e Passalacqua é eleito governador de Misiones

O ex-prefeito de Puerto Iguazú, Claudio Felippa, venceu o atual prefeito Marcelo Sánchez, nas eleições municipais do último domingo (26). Filippa volta à prefeitura após quatro anos, com 33,7% dos votos, contra 30,4% do atual prefeito. Ainda na noite de domingo, com 60% das urnas apuradas, a diferença entre os candidatos foi de 400 votos, sendo 3486 contra 3086.

Os argentinos eleitores de Filippa foram às ruas de Iguazú em carreata, festejar a vitória antes mesmo do resultado final. “Esse triunfo é maior porque foi feito com a força do povo. Nós andamos entre a militância e o trabalho, sem os meios comprados”, disse Filippa.

Província

A população da Província de Misiones também por saber o resultado das eleições para governador. Com 60 por cento dos votos, foi eleito o atual vice-governador Hugo Passalacqua, que substituirá Maurice Closs. A diferença entre o candidato vencedor e o segundo colocado, Mauricio Macri, foi de 40 pontos.

“Nunca nos afastamos do povo. Não somo o melhor governo, nem o melhor projeto do mundo, mas somos a melhor opção”, disse Passalacqua, durante discurso de vitória em Posadas, capital da província.

Nacional

Em nível nacional, pela primeira vez na história, a Argentina terá segundo turno para escolher presidente. O resultado das urnas foi apertado no último domingo, levando as eleições para novembro, entre o candidato governista Daniel Scioli e o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri.

O candidato da presidente Cristina Kirchner, Daniel Scioli, favorito nas pesquisas, teve 36,66% dos votos. Mauricio Macri, do Pro, com 34,52%.

Como funciona as eleições na Argentina

As eleições presidenciais deste domingo na Argentina, para as quais foram convocados em caráter obrigatório 32 milhões de argentinos, tiveram um primeiro fator essencial muito evidente: pela primeira vez em mais de uma década o sobrenome Kirchner não esteve nas cédulas. Na presidência desde 2003 com Néstor e em seguida com sua esposa e sucessora, Cristina Kirchner, os dois formaram o governo mais longo da história argentina.

Junto com o primeiro turno da eleição presidencial, os eleitores renovaram com seus votos 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados, 24 das 72 do Senado e 43 do Parlamento do Mercosul.

Candidatos
Concorriam seis candidatos saídos das PASO (primárias abertas simultâneas e obrigatórias), realizadas em 9 de agosto. Essa eleição primária serve para reduzir um universo maior de candidatos, reflexo de um sistema partidário crescentemente fragmentado. Dos seis candidatos que superaram as primárias, três concentraram 92% dos votos válidos.

Sistema eleitoral
O país pratica um sistema de eleição presidencial em dois turnos, semelhante ao brasileiro, mas com peculiaridades. Bastam 45% dos votos válidos (em vez de 50%) para vencer no primeiro turno. Mas o candidato mais votado também evita o segundo turno se obtiver entre 40 e 45%, porém com mais de 10 pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado.

O segundo turno
Desde que o sistema foi introduzido nas eleições presidenciais, esta é a primeira vez que a Argentina terá segundo turno. A votação será em 22 de novembro.

Fonte: El País

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