As autoridades paraguaias concluíram neste domingo (14) a documentação para a expulsão de Maykon de Souza, apontado como líder da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). O criminoso, que estava foragido de uma penitenciária no Brasil, foi entregue à Polícia Federal e já se encontra em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Maykon de Souza cumpria uma pena de 40 anos de prisão no Brasil, além de possuir um extenso histórico criminal, incluindo o assassinato de três policiais. Segundo o comissário principal Luis López, ele vinha sendo procurado intensamente há pelo menos quatro meses.
“Trata-se de um indivíduo altamente perigoso, especializado no tráfico internacional de drogas e em crimes de homicídio”, afirmou o comissário, em entrevista à imprensa local.
O brasileiro, de 39 anos, conhecido pelos apelidos “Maykon Gordo” ou “Marcolina”, foi capturado na cidade de Pedro Juan Caballero, no Departamento de Amambay, quando circulava em uma caminhonete Chevrolet. Durante a abordagem, houve troca de tiros com as forças de segurança.
As autoridades confirmaram que Maykon estava no Paraguai utilizando documentos falsos, com os quais conseguiu inclusive obter uma cédula de identidade paraguaia.
Durante a operação, foram apreendidas duas pistolas calibre 9 milímetros de última geração, além de 10 carregadores e 196 munições intactas.
“Ele estava totalmente preparado para enfrentar qualquer autoridade”, destacou López.
De acordo com a polícia, uma das vítimas — o último policial assassinado pelo criminoso — foi atingida por 26 disparos de arma de fogo.
Após a captura, Maykon de Souza falou brevemente com jornalistas e alegou que vive no Paraguai há cerca de dez anos, levando uma vida normal, com esposa e filhos.
O Primeiro Grupo Catarinense (PGC) é uma facção criminosa brasileira fundada em 2003, com base de operações em Florianópolis, capital de Santa Catarina — região considerada estratégica para o tráfico de drogas e armas. A organização atua tanto no Brasil quanto no exterior e mantém vínculos com facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Com a expulsão oficializada, Maykon de Souza foi entregue às autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu, onde permanece sob custódia da Polícia Federal.






















































