Durante os meses de dezembro e janeiro, o Parque das Aves oferece aos visitantes um momento singular no coração da Mata Atlântica: acompanhar a soltura de borboletas criadas sob cuidados humanos. A atividade ocorre sempre às terças e quintas-feiras, às 14h30, no Espaço Borboletas e Beija-flores, um dos viveiros de imersão mais delicados e sensoriais do atrativo.
Segundo a bióloga e coordenadora do borboletário, Juliana Moretti, a experiência encanta especialmente as crianças ao revelar a delicadeza do primeiro voo das borboletas e sua integração ao jardim florido preparado pela equipe. A ação integra a programação especial de férias e permite que os visitantes observem borboletas que passaram por todas as fases da metamorfose dentro do Parque — dos ovos às crisálidas até o momento da emergência.
As borboletas liberadas são provenientes do laboratório do Parque, onde todo o ciclo de vida é acompanhado cuidadosamente. Depois da eclosão dos ovos, as lagartas se alimentam de folhas cultivadas especialmente para elas, transformam-se em crisálidas e, por fim, emergem em diferentes cores e padrões. O processo reforça a importância da conservação e revela um elo direto com a natureza, em um ambiente que simula a Mata Atlântica.
Ao longo do ano, até 54 espécies podem ser observadas no espaço, todas fundamentais como polinizadoras e indicadoras da saúde dos ecossistemas. Durante a atividade, técnicos também compartilham curiosidades e destacam a relevância histórica da cientista Maria Sibylla Merian, pioneira nos estudos da metamorfose. A experiência convida à contemplação e à conexão com a natureza, reforçando o papel educativo e conservacionista do Parque das Aves, que completou 31 anos de atuação em 2025.






















































