Uma indicação apresentada pelo vereador Sidnei Prestes reacendeu o debate sobre investimentos na atual sede da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. O parlamentar solicitou ao presidente da Casa a criação de um setor exclusivo para a imprensa no plenário, medida que, embora busque garantir melhores condições de trabalho aos profissionais da comunicação, implicaria novas despesas em um prédio que já está com seus dias contados.
O pedido chega em um momento em que o Legislativo concentra seus esforços na implantação da nova sede da Câmara, projeto que já avançou etapas importantes, incluindo o concurso público para escolha do projeto arquitetônico vencedor, cuja premiação aconteceu nesta semana. A futura estrutura, segundo a própria presidência, já contempla um espaço adequado e permanente destinado à imprensa, previsto no Programa de Necessidades do novo edifício.
Em resposta oficial, o presidente da Câmara, Paulo De Brito, reconheceu o mérito da proposta, mas ressaltou que a atual sede passa apenas por reparos pontuais e manutenções emergenciais. Segundo ele, não há plano de fazer adaptações estruturais que exijam investimentos adicionais, justamente porque a gestão está direcionando recursos e planejamento para o novo prédio, onde as demandas modernas — inclusive da imprensa — serão atendidas de forma definitiva.
A solicitação de Prestes, na prática, abre discussão sobre a pertinência de aplicar recursos na estrutura atual enquanto o Legislativo avança na construção de um novo espaço, pensado justamente para corrigir limitações do prédio atual. A crítica central gira em torno da eficiência no uso de recursos públicos e da coerência administrativa: investir agora em um espaço provisório ou aguardar a conclusão do projeto que já prevê essa solução?
Com o concurso de projeto em fase de conclusão e a contratação do vencedor, a nova sede deverá oferecer infraestrutura completa e atualizada. Diante desse cenário, a demanda por alterações na estrutura atual levanta questionamentos sobre prioridade, timing e racionalidade administrativa, especialmente em um período de contenção e redirecionamento de investimentos.





















































