Cerca de 100 estudantes da rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu participam nesta quinta-feira (4) de oficinas lúdicas de confecção de tijolos a partir do barro retirado do terreno onde será construído o futuro Centre Pompidou Paraná, o primeiro satélite do renomado museu francês nas Américas. A iniciativa, promovida pelo Governo do Paraná por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Seec), visa aproximar a comunidade do futuro museu e criar um vínculo desde o início da obra.
As oficinas estão sendo conduzidas pelo arquiteto Nicolas Marques de Oliveira. Ele explicou que a técnica aplicada às crianças é a mesma que será usada na construção do museu: tijolos moldados com a terra local, sem cimento ou cal, garantindo que o material permaneça vivo e sustentável. “A ideia é aproximar a comunidade do processo de criação do museu. Essas crianças estão colocando a mão na massa e, simbolicamente, contribuindo para o Centre Pompidou Paraná. Elas sentem que fazem parte de algo maior, que vai além de um prédio”, disse.
Oliveira acrescentou que o método utilizado permite compreender a circularidade dos materiais. “Essa terra hoje vira tijolo e constrói o museu. É um material vivo, que mantém a vida em continuidade. Ao trabalhar com ele, as crianças aprendem sobre sustentabilidade e sobre a importância de respeitar e valorizar os recursos locais”, acrescentou o arquiteto.
A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Vinícius de Moraes, Rita de Almeida Falcão, responsável pelos estudantes, ressaltou a importância da participação das crianças em um momento histórico da cidade. “É uma oportunidade especial. As crianças estão participando de um marco cultural que trará benefícios para a nossa Foz do Iguaçu. Saber que contribuíram para a construção, mesmo que simbolicamente, é algo que elas vão guardar para o futuro”, afirmou.
Um dos participantes da atividade foi o estudante Nicolas Gabriel Brill, de 8 anos, que ficou contente com a oportunidade de fazer uma atividade fora da sala de aula. “A gente fez o tijolo, mexeu no barro e foi divertido. Agora esse tijolo vai ajudar a construir o museu, e é legal saber que terão coisas novas aqui, sem precisarmos viajar para ver”, contou.
A colega dele, Miriã Barros da Silva, de 9 anos, demonstrou estar orgulhosa em fazer parte da história do futuro museu. “O que eu mais gostei foi de mexer com a terra. Quando eu for mais velha vou lembrar que participei. Isso dá alegria e orgulho”, revelou.
Já Phelipe de Souza Zaracho, de 9 anos, ficou feliz em aprender uma atividade nova na prática. “Eu não sabia como se fazia tijolo, achei que já vinha pronto. Do nada, aprender a fazer é muito legal. E o melhor foi me sujar, porque qual criança não gosta de se sujar?”, disse.