As reuniões realizadas hoje entre moradores de duas ocupações irregulares, prefeitura e Fozhabita, intermediada pela vereadora Valentina (PT), pouco avançou na busca de uma solução definitiva para o problema.
Pela manhã fiscais da prefeitura estiveram no Lagoa Azul, em área pertencente ao município. Lá residem cerca de 65 pessoas divididas em 20 barracos, de acordo com levantamento da Defensoria Público.
Apesar de não cumprirem a reintegração de posse hoje, os moradores disseram que os fiscais da Secretaria de Orçamento e Finanças avisaram que eles têm até amanhã para desmontarem as casinhas e se retirarem da área, sob pena de o município promover a destruição com tratores das habitações.
Segundo a vereadora, já há uma determinação judicial para que a prefeitura não promova as desocupações sem um plano de realocação para estas famílias. “A gente tá cobrando para que estas decisões sejam cumpridas, cobramos na audiência realizada na Câmara a formulação de um plano de moradia de interesse social. Queremos que a prefeitura tenha um planejamento para curto, médio e longo prazo para não tratarmos do assunto somente nestes momentos de conflito”, explicou a parlamentar.
Já área que sofreu parcial desocupação ontem, de propriedade do Fozhabita, no Lagoa Dourada, e é de proteção permanente deverá passar por um levantamento dos moradores remanescentes para que seja buscada uma solução para as famílias, porém, por ora, sem risco de desocupação forçada.
Sobre as ações, a Comunicação Social da prefeitura afirmou que são duas ocupações diferentes, uma no Lagoa Dourada e outra no Lagoa Azul. A de ontem, no Lagoa Azul, é área do Fozhabita. A de hoje da prefeitura. Ambas APP. Ontem foram removidas três construções e hoje as próprias famílias removeram.
Já o Fozhabita respondeu que `nesta terça-feira, 26 de agosto, realizou uma ação de fiscalização e remoção de construções irregulares em uma área de sua propriedade, classificada como Área de Preservação Permanente (APP).
A operação, que contou com o apoio da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Secretaria Municipal de Obras, teve como objetivo coibir a devastação ambiental decorrente do avanço de ocupações irregulares. Durante a ação, foram removidas diversas estruturas, incluindo uma construção de alvenaria`.