Quando se pensa no depósito de produtos recuperados pela Polícia Civil, imagina-se que este espaço guarde televisores, bicicletas e telefones celulares, comuns nos relatos de assaltos a pessoas e residências. Mas não é bem assim! O depósito de recuperados e não reclamados da Polícia Civil de Foz do Iguaçu mais parece uma loja de departamentos, onde pode se encontrar muita variedade e, principalmente, quantidade.
A lista é imensa e apresenta curiosidades como uma guarda-sol, boné, meias, pás, socadeiras, massageador, medidor de temperatura e dezenas de outros itens comuns e nem tão comuns. Tudo que pode se transformar em dinheiro e, consequentemente, pode ser trocado por drogas e álcool, além de ter receptadores dispostos a pagar pelo produto do roubo entra na mira dos bandidos.
Fios de cobre estão sempre entre as preferências dos amigos do alheio. Mesmo que para isso precisem escalar postes à luz do dia, eles se arriscam sem pudor. Como nem tudo que é furtado segue o destino pretendido pelos ladrões, o depósito guarda milhares de quilos destes produtos que foram tirados de circulação pela polícia. A ação dos bandidos deixa constantemente milhares de residências e comércios sem internet, causando imenso prejuízo e transtornos.
Todos os produtos recuperados pela polícia, legalmente, devem ficar guardados por seis meses, mas existem casos em que a Justiça determina que o objeto permaneça no depósito por mais tempo. Depois do prazo de seis meses ou daquele determinado pela justiça o produto pode ser restituído, destruído ou conforme ordem judicial ter uma destinação diferente, como por exemplo, doação para instituições. Mesmo assim, existem recuperados que datam do ano de 2013 e que permanecem no depósito até hoje, como é o caso de alguns capacetes, um lote de produtos residenciais, como TV, ferro elétrico entre outros.
Para retirar qualquer produto recuperado pela polícia, a vítima do furto precisa ir até a delegacia com documentos pessoais e comprovante de que o bem é de sua propriedade.