Servidores do Fozhabita destruíram algumas moradias localizadas em uma ocupação irregular, no bairro Lagoa Dourada. Sobre quais casas foram colocadas abaixo existem duas versões: o Instituto de Habitação diz que apenas desmontou os imóveis desocupados e localizados em APP – Área de Preservação Permanente.
Já a assessoria da vereadora Valentina, que acompanhou a reintegração, informou que eram os próprios funcionários do Fozhabita que decidiam qual imóvel estava desocupado. Dos dez imóveis retirados, pelo menos três, estavam habitadas e foi permitido aos moradores que eles próprios desmontassem a estrutura para reaproveitar o material de construção.
Vários moradores que vivem ali acompanharam aflitos a ação dos tratores e servidores, que, por onde passavam, deixavam um rastro de destruição. Eles informaram que alguns moradores estavam trabalhando e por isso os barracos estavam vazios.
Semana passada a prefeitura também tentou a reintegração forçada de uma outra ocupação dentro do mesmo terreno, apoiada por uma liminar judicial. A Defensoria Pública, porém, conseguiu derrubar a ordem, no Tribunal de Justiça, com a justificativa de que o município não deve reaver imóveis sem antes apresentar um plano de habitação aos munícipes.
A Câmara de Vereadores também está debruçada sobre o assunto. Recentemente foi realizada uma audiência pública para debater a política habitacional. Mesmo convidado, o diretor-superintendente do Fozhabita, Ivatan Batista, não compareceu ao ato.
A produção da Rádio Cultura conversou com Ivatan Batista, na tarde dessa terça-feira (26). Ele disse que está agendada para amanhã, às 14h, uma reunião com os moradores, a vereadora e o Fozhabita, para deliberar sobre a situação.