Aconteceu ontem, terça-feira, no Fórum de Justiça de Foz do Iguaçu a segunda parte da audiência de instrução do caso de assassinato da jovem Zarhará Tormos Hussein. Conforme já havia adiantado a defesa de Pâmela da Silva de Campos, a ré usou seu direito de permanecer em silêncio, mesmo alertada pela juíza Danuza Zorzi, da 1ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, que uma confissão diminuiria seu tempo de condenação.
A audiência começou com 40 minutos de atraso, tempo que a defesa de Bruno Martini Vieira utilizou para conversar com o réu sobre a linha de depoimento. Bruno tentou repetir a versão dada ao delegado na fase de inquérito, porém, pressionado pelo promotor e advogados das partes contrárias acabou caindo em contradição sobre diversos detalhes como horários e itinerários.
A defesa de Bruno solicitou em processo que fossem juntados novos dados de acesso à conta de e-mail e ligações recebidas em seu celular no dia do crime. Também requereu que fossem juntadas ao processo a imagens de câmeras de segurança de um supermercado que fica nas proximidades do endereço residencial de Bruno. Segundo seu defensor, Bruno Gustavo Ferreira de Macedo, essas informações servirão para completar a tese de defesa de Bruno Vieira.
Ao final da audiência a juíza anunciou que está liberando os bens da vítima, o carro de Zarahá que está apreendido, e os saldos de suas contas bancárias. O aparelho celular e o notebook nunca foram encontrados.
Agora os adv9ogados apresentam as alegações finais e o processo vai para sentença de pronúncia, que manda o caso para o Tribunal de Júri, de julgamento pela própria juíza ou absolvição dos acusados, o que não deve acontecer.
Zarhará foi morta no dia 26 de fevereiro com cinco tiros, dentro de seu próprio automóvel. Só foi encontrada dia 28, numa estrada do bairro Remando Grande. Peritos que participaram da primeira audiência creem que a motivação do assassinato tenha sido ciúmes e inveja. Especula-se que Zarhará possa ter tido um envolvimento com Bruno, enquanto Pâmela respondia processo por tráfico de drogas no Rio Grande do Sul.