O advogado Egídio Fernando Arguello Júnior, um dos condenados por crimes investigados na Operação Pecúlio, tinha contra si um mandado de prisão desde setembro de 2024. Ele foi preso em Mairiporã, São Paulo, numa ação da Rota, Ministério Público daquele estado e setor de inteligência da Polícia Militar.
Arghello foi condenado pelos crimes de falsidade ideológica e obstrução criminal. Durante a operação, em 2016, o advogado agiu para atrapalhar investigação às do MPF (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal) no maior caso de corrupção da cidade, com dezenas de acusados.
Arguello foi condenado por inserir declarações e documentos falsos para atrapalhar investigação. Durante a Operação Pecúlio, o advogado tentou manipular as apurações para favorecer seu cliente Reni Clóvis de Souza Pereira, ex-prefeito de Foz do Iguaçu e apontado como o líder de uma organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos do município.
A investigação apontou que o advogado manteve contatos com outros investigados para extrair informações. Os encontros aconteciam sem que os defensores dos outros suspeitos soubessem, enquanto eles estavam presos.
Seu irmão Rafael Germano Arghello também acabou envolvido na operação e foi acusado de tentar ajudar Egídio no caso, teoricamente tentando juntar documentos falsos no processo. Ele foi condenado há 14 meses de prisão.
Em contato com o procurador ele alegou que: “o meu caso já foi resolvido, uma tremenda injustiça, não sou condenado em nada”. Rafael disse ainda que não mantém contato com o irmão há muito tempo e que ficou sabendo da prisão dele pela imprensa.