Você pode nem perceber, mas o simples ato de coçar ou esfregar os olhos com frequência é capaz de expor sua visão a “vilões microscópicos”. Estudos revelam que unhas grandes podem abrigar até 32 espécies de bactérias e 28 tipos de fungos, transformando esse hábito inofensivo em um fator de risco para o desenvolvimento do ceratocone, uma doença degenerativa que provoca a deformação progressiva da córnea, podendo levar à perda significativa da visão. A campanha Junho Violeta reforça o alerta: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para preservar a saúde ocular.
“Pacientes com histórico de alergias oculares intensas devem realizar exames de rotina com maior frequência. Tratar adequadamente a alergia é fundamental para evitar o hábito de coçar os olhos, que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças como o ceratocone. Por meio dos exames regulares, é possível diagnosticar precocemente a condição e iniciar o acompanhamento necessário”, orienta o oftalmologista do Hospital de Olhos de Cascavel, Dr. Cesar Shiratori.
Mais comum entre adolescentes e adultos jovens, o ceratocone costuma estar associado a fatores genéticos, mas pode progredir até os 40 anos. “Quem tem casos de ceratocone na família deve redobrar a atenção e realizar avaliações oftalmológicas regulares”, explica o especialista. “Geralmente, os primeiros sinais são identificados na infância por meio da coceira nos olhos”.
Detectar cedo faz toda a diferença
Segundo o oftalmologista Dr. Cesar Shiratori, muitas pessoas só procuram ajuda médica quando a doença já está em estágio avançado. “Na maioria das vezes, os pacientes chegam ao consultório com sintomas bastante acentuados. Aqueles que fazem consultas oftalmológicas regularmente, por outro lado, têm maiores chances de detectar o ceratocone ainda nas fases iniciais, o que possibilita intervenções menos invasivas e com melhores resultados”, explica.
Embora o ceratocone não tenha cura, existem diversas formas de tratamento que contribuem para melhorar a qualidade visual do paciente. “O uso de óculos e, principalmente, de lentes de contato pode oferecer ótimos resultados. Já nos casos mais severos ou que não respondem bem às abordagens convencionais, o transplante de córnea pode ser indicado”, afirma.
Transplante de córnea
Conforme dados do Ministério da Saúde, o ceratocone afeta cerca de 150 mil pessoas por ano no Brasil. A gravidade da doença é reforçada por dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, que apontam a neoplasia como uma das principais causas dos 13 mil transplantes de córnea realizados anualmente no país.
Por se tratar de um procedimento mais complexo, o transplante costuma ser indicado apenas para os quadros mais críticos. “É uma alternativa eficaz, mas que envolve riscos. Após 20 ou 30 anos, pode ocorrer falência do enxerto, o que leva à necessidade de um retransplante, procedimento que carrega um risco ainda maior de rejeição”, observa o médico.
Banco de Olhos de Cascavel
O Banco de Olhos de Cascavel, localizado nas dependências do Hospital de Olhos de Cascavel, é responsável pela abordagem familiar, captação, preparo e avaliação das córneas. Esse procedimento apresenta um alto índice de sucesso, especialmente em casos de doenças limitadas à córnea, podendo transformar a vida de muitas pessoas, ao devolver sua capacidade de enxergar e realizar atividades cotidianas com qualidade de vida.
Sobre o Hospital de Olhos de Cascavel
O Hospital de Olhos de Cascavel é o único hospital oftalmológico do Paraná com a certificação ONA Nível 3, o que atesta a qualidade e segurança oferecida aos pacientes há mais de três décadas. Com duas unidades localizadas em Cascavel e uma unidade prestes a ser inaugurada na cidade de Toledo, o Hospital de Olhos é referência em cuidado com a visão. Além do corpo clínico altamente qualificado, oferece aos pacientes estrutura moderna com salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem, ambulatórios clínicos e cirúrgicos, todas elas equipadas com tecnologia de última geração para exames e procedimentos.