A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) divulgou nota pública em defesa das universidades federais e do orçamento destinado ao ensino superior, após o Congresso Nacional aprovar, no dia 19 de dezembro, um corte de R$ 488 milhões nos recursos previstos para o funcionamento das 69 instituições federais em 2026. A medida transfere verbas da educação para emendas parlamentares em um ano de caráter eleitoral.
Diante do cenário considerado crítico, a UNILA endossa a manifestação da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e expressa preocupação com a decisão, classificada como um grave ataque aos direitos da população ao acesso à educação pública de qualidade.
Segundo a universidade, o corte representa uma redução de 7,05% nos recursos destinados a despesas básicas, como contas de água e energia elétrica, bolsas acadêmicas, insumos para pesquisa e aquisição de equipamentos. Uma das áreas mais impactadas é a assistência estudantil, fundamental para a permanência de estudantes de baixa renda, que deve sofrer uma redução estimada em R$ 100 milhões.
No caso da UNILA, a diminuição de recursos pode chegar a R$ 2,6 milhões, comprometendo seriamente as atividades de ensino, pesquisa, extensão e as políticas de permanência estudantil. A instituição ressalta que as universidades federais são responsáveis por cerca de 90% da produção científica do país e pela formação de profissionais altamente qualificados.
Ao final da nota, a UNILA conclama a sociedade a defender a educação pública e a pressionar pela reversão da decisão, com o restabelecimento do orçamento previsto para 2026. Para a universidade, investir em educação pública é essencial para o desenvolvimento nacional, o combate às desigualdades e a construção de um futuro mais justo para a população brasileira.
