Os dois primeiros dias de operação da Ponte da Integração mostrou movimento pequeno se comparado a média superior a 300 caminhões em lastre (vazios) registrados rotineiramente na Ponte da Amizade.
No sábado foram 82 caminhões vazios que fizeram o percurso Brasil/Paraguai e 112 seguiram fluxo contrário. Já no domingo 51 atravessaram rumo a país vizinho contra 42, vindos de lá para cá.
No sábado, por exemplo, segundo dados da Receita Federal, após 1h30 da madrugada o motorista sequer enfrentava fila para desembaraço aduaneiro antes de travessia para a cidade de Presidente Franco. Esse movimento tende a crescer após as festas de fim de ano, pois a travessia deste tipo de veículo não é mais permitida na Ponte Internacional da Amizade.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Foz do Iguaçu e região, Celso Callegario, porém, disse que a nova ponte não ajuda os motoristas de caminhões em lastre. Pelo contrário: antes os caminhões podiam passar a partir das 19h e agora somente a partir das 22h. Callegario defende que a ponte seja aberta, de imediato, em período integral, inclusive para caminhões carregados, com regras mais rígidas de velocidade para segurança de pedestres da cidade de Porto Franco. “Em Ciudad del Este os caminhões carregados passam pelo centro da cidade, 24 horas, onde milhares de compristas e ambulantes circulam todos os dias”, comparou.
A abertura gradativa da Ponte da Integração foi uma exigência da administração municipal de Presidente Franco, alegando falta de infraestrutura para um fluxo intenso de caminhões e carretas carregadas. A via que circunda a cidade, a exemplo da Perimetral Leste, ainda não foi concluída e a ponte sobre o Rio Monday só ficará pronta em 2027. Até lá a expectativa é de que apenas caminhões vazios, ônibus de turismo, automóveis e pedestres utilizem a Ponte da Integração.
