O Parque Nacional do Iguaçu deve ter a melhor visitação da história em 2025. De acordo com o CEO da Urbia + Cataratas, concessionária responsável pela gestão do atrativo, Mário Macedo, o desempenho deste ano deve superar o recorde registrado em 2019, período anterior à pandemia, impulsionado pela retomada do turismo internacional, pelo aumento da oferta de voos e pela ampliação da infraestrutura turística de Foz do Iguaçu. A avaliação foi feita durante entrevista ao programa Contraponto – A Voz do Povo, da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu.
Segundo Macedo, a volta expressiva dos turistas argentinos teve papel decisivo no crescimento da visitação. Apenas em comparação ao ano passado, o parque recebeu cerca de 120 mil argentinos a mais, uma média de 10 mil visitantes adicionais por mês. Esse movimento, aliado à melhora da conectividade aérea e ao fortalecimento do trade turístico local, contribuiu para a expectativa de um novo recorde histórico ainda neste ano.
O CEO destacou que a concessionária tem investido na diversificação da experiência oferecida aos visitantes, com foco em aumentar o tempo de permanência no parque e, consequentemente, na cidade. Entre as novidades estão a ciclovia de aproximadamente 12 quilômetros em meio à mata, a abertura de novas trilhas ecológicas, como Bananeiras, Poço Preto e São João, além da possibilidade de banho de cachoeira no Rio São João. A antiga usina da região também foi revitalizada e hoje conta com café e espaço de contemplação.
Durante a entrevista, Mário Macedo apresentou ainda os projetos previstos para os próximos anos. Entre eles estão a implantação de um circuito de aventuras, com arvorismo, tirolesas, trenó de floresta e uma torre de observação de 30 metros, além da criação de áreas de glamping, modelo de camping de alto padrão voltado à imersão na natureza. Os investimentos no Parque Nacional do Iguaçu devem chegar a até R$ 600 milhões nos próximos quatro anos, incluindo a reconstrução do Porto Canoas e a construção de um novo centro de visitantes.
O CEO também ressaltou a integração do parque com os municípios do entorno e a valorização da economia local. Atualmente, cerca de 74% dos produtos comercializados no Parque Nacional do Iguaçu são de origem regional, incluindo alimentos e artesanato. Projetos como a produção das oncinhas de crochê, confeccionadas por artesãs de cidades lindeiras, foram citados como exemplos de geração de renda e fortalecimento da identidade cultural da região.
Por fim, Macedo reforçou o compromisso da concessionária com a preservação ambiental e a segurança do parque. Segundo ele, houve redução significativa de práticas ilegais, como caça e extração de palmito, resultado de maior conscientização das comunidades locais e do trabalho conjunto com o ICMBio. A Urbia + Cataratas também mantém apoio a iniciativas de conservação, como o projeto Onças do Iguaçu, conciliando desenvolvimento turístico, sustentabilidade e benefícios diretos para a população da região.






















































