Operação da PF atinge rota de contrabando com bases em Foz do Iguaçu e Medianeira

Na mira da polícia um esquema milionário de contrabando e descaminho que usava a fronteira para abastecer logística criminal em Curitiba, cidades da região e outros estados.

Polícia Federal deflagra operação contra logística criminosa de contrabando e descaminho. Foto: PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (10), a Operação Vectris, com foco em desarticular uma suposta organização criminosa especializada na internalização, armazenamento e distribuição de mercadorias ilícitas no país. A ofensiva ganha destaque no Oeste do Paraná, especialmente em Foz do Iguaçu e Medianeira, cidades apontadas como pontos estratégicos do envio das cargas ilegais.

As medidas judiciais, expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba, incluem 11 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e ordens de sequestro de bens móveis e imóveis ligados aos investigados, com o objetivo de interromper a atividade criminosa e descapitalizar o grupo. A investigação revelou a existência de um núcleo operacional em Curitiba, responsável por coordenar o fluxo das mercadorias ilícitas, enquanto integrantes na fronteira, especialmente em Foz do Iguaçu e Medianeira, remetiam as cargas por transportadoras, usando notas fiscais falsas para ocultar o conteúdo real.

Após chegarem à capital paranaense, as mercadorias eram retiradas com o uso de destinatários simulados e redistribuídas internamente. O grupo utilizava vans para levar os produtos a centros de comercialização clandestina em São Paulo e Santa Catarina. As cargas envolviam celulares, cigarros estrangeiros e dispositivos eletrônicos para fumo, internalizados sem recolhimento de impostos. Estima-se que o esquema movimentasse mais de R$ 10 milhões por ano.

As ações da Operação Vectris ocorrem simultaneamente em Curitiba, Colombo, São José dos Pinhais, além de Medianeira e Foz do Iguaçu. O nome da operação deriva do termo latino vector, em referência ao transporte e condução de mercadorias. A ofensiva conta com apoio da Receita Federal e da Guarda Municipal de São José dos Pinhais, que contribuíram para o avanço das investigações.

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