Enfermeira é agredida com capacete dentro da UBS do Morumbi II

Paciente se exaltou após reclamar de um exame e atacou funcionárias dentro da unidade; vítimas relatam medo e rotina de agressões.

Foto: Arquivo

Uma funcionária da Unidade Básica de Saúde do Morumbi 2, em Foz do Iguaçu, relatou momentos de pânico durante uma agressão registrada na tarde desta terça-feira (9). A autora do ataque, que usavou um capacete, foi detida pela Polícia Militar após ferir uma servidora dentro da sala de atendimento.

Segundo uma das vítimas, a confusão começou quando a paciente reclamou que um exame solicitado não estava pronto. Desde o primeiro contato, a mulher já demonstrava irritação.

“Ela chegou dizendo que o exame não estava pronto e já veio com o tom alterado”, contou a funcionária, que trabalha no acolhimento.

As servidoras tentaram explicar que atendem mais de cem pessoas por turno e que precisavam consultar o sistema para identificar o exame. Mesmo assim, a paciente passou a acusá-las de mentira.

“Ela dizia que éramos mentirosas, que fazíamos ela ir e voltar. Ninguém tem necessidade de mentir, temos conduta ilibada”, afirmou.

Diante da tensão, a supervisora da unidade levou a paciente para atendimento individual. Mas, segundos depois, a mulher voltou à sala de forma agressiva.

“Do nada, ela entrou rápido e agrediu com o capacete a minha colega, ferindo o braço dela. Foi humilhante, constrangedor”, relatou.

Após o ataque, a equipe acionou a Guarda Municipal e a Polícia Militar. A agressora foi presa, e a profissional atingida registrou boletim de ocorrência.

“A gente vive isso seguidamente”, diz funcionária

A trabalhadora afirma que situações de conflito e desrespeito são frequentes na unidade.

“Seguidamente passamos por isso. Muitos pacientes chegam com grosserias sem necessidade. Todos os dias apaziguamos situações”, lamentou.

Ela admite sentir insegurança para trabalhar, principalmente no horário noturno.

“Nos sentimos inseguros, sim. Seria importante ter mais segurança, alguém presente para evitar esse tipo de situação”, afirmou.

A servidora reforça que episódios como o de hoje fazem o medo aumentar:

“Quando a pessoa se altera, a gente não imagina que vai chegar ao ponto de agressão. Depois, pensamos: ele poderia ter nos agredido também.”

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