Condutores de ambulância do SAMU, contratados por uma empresa terceirizada pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, enfrentam uma situação dramática após a antiga prestadora de serviços encerrar as atividades no mês passado. Segundo relatos dos profissionais, a empresa deixou pendentes os pagamentos de outubro e novembro, além de férias acumuladas, em alguns casos, duas férias não quitadas.
O problema vai além dos salários atrasados. Muitos trabalhadores afirmam não ter recebido sequer as rescisões trabalhistas previstas após o fim do contrato, deixando famílias inteiras desamparadas e sem qualquer previsão de regularização.
A crise se torna ainda mais grave para os condutores que têm pensões alimentícias descontadas em folha. Sem o repasse dos valores, esses profissionais agora acumulam dívidas que não foram geradas por eles, mas pela falta de pagamento da empresa, e correm risco de prisão por inadimplência.
Mesmo com a falta de pagamento, os condutores de ambulância seguem trabalhando no atendimento pré-hospitalar. De acordo com o sindicato, são 38 motoristas atuando em Foz do Iguaçu.
Em nota, o responsável pela empresa A M ABS LTDA, que tem sede em Maceió, Alagoas, informou que o sindicato solicitou, em audiência de mediação, que os pagamentos rescisórios (inclusive salários) fossem pagos diretamente pela prefeitura. Segundo Anderson Abs, com isso “o processo tornou-se lento e não está sob nossa providência direta. Se até a sexta feira não for noticiado o pagamento a empresa enviará um representante da diretoria a Foz na segunda-feira para buscar alternativas”.
Rodrigo Andrade de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, encaminhou um vídeo para esclarecer como foi a negociação citada pelo responsável pela empresa A M ABS LTDA.
A Comunicação da Preeitura informou que essa semana o Ministério do Trabalho deve repassar informações sobre a negociação.
