Talvez pouca gente saiba ou se lembre, mas Foz do Iguaçu pertencia ao município de Guarapuava de quem foi desmembrada em 1.914. Com uma população estimada em 2025 de 297.352 habitantes, ocupando a área total de 605,29 k², o município ostentou ano passado um PIB (Produto Interno Bruto) de quase R$ 19 bilhões, o maior entre as cidades do Oeste do Paraná, que tem expoentes como Cascavel e Toledo. No mesmo período, por exemplo, o PIB de Cascavel foi de R$ 15,8 bi, com população quase 25% maior e indústria e agricultura bastante desenvolvidas. Turismo, logística, serviços e produção de energia são os pilares da economia local. Os dados constam de uma compilação de números feitas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e pode ser consultado no site https://www.ipardes.pr.gov.br/Pagina/Perfil-dos-Municipios
Essa economia robusta, porém, não se reflete nos indicadores de emprego e saúde, principalmente. Enquanto Foz tem 520 leitos hospitalares, entre SUS e particulares, para atendimento de uma população regional que ultrapassa os 500 mil usuários, Cascavel mantém 1.069 leitos. Aqui na cidade são 840 médicos cadastrados contra os 1.542 que clinicam na chamada Capital do Oeste.
Nossa qualidade de vida também é inferior. O IDH (Índice Desenvolvimento Humano) que avalia o progresso dos municípios em três áreas básicas: saúde (longevidade), educação e renda de Cascavel é 0,782 contra 0,751. O IDH médio do Brasil é de 0,786. Todos os indicadores referem-se ao ano de 2023.
Aqui nasceram vivos em 2024, 3.811 e tivemos 42 mortes de crianças arte um ano de idade. Cascavel, no mesmo período, contabilizou 4.528 nascidos vivos e 30 mortes. Isso demonstra um cuidado maior no acompanhamento das gestantes e melhor cuidado pós nascimentos.
A geração empregos também demonstra que a cidade, apesar de possuir matriz econômica predominantemente no setor de serviços, ainda mantém muitos trabalhadores no mercado informal. No ano de 2022, Foz do Iguaçu tinha 146.169 pessoas economicamente ativas, mas somente a metade deste contingente tinha carteira de trabalho assinada. Mais de 66 mil trabalhadores atuavam na informalidade ou através de pessoas jurídicas. Os desempregados nesta época somavam 6.034 pessoas em idade economicamente ativa. Essa informalidade pode estar colocando em risco a futura aposentadoria destas pessoas, caso elas não estejam recolhendo o INSS.
Em Cascavel, um cenário bastante distinto: das 193.090 pessoas em idade economicamente ativas, 124.759 trabalhavam amparadas pela Previdência Social através de vínculo empregatício formal. O desemprego por lá, apesar de uma população bem maior, era de 5.579 trabalhadores.
A população que frequenta curso superior – que qualifica mais fortemente a mão-de-obra – de Cascavel é de quase 32 mil estudantes, entre graduações presenciais e a distância. Em Foz, onde temos duas universidades públicas federais e uma estadual, além de cerca de dez faculdades particulares, a população discente é de 24,8 mil acadêmicos.




















































