O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, destacou as políticas ambientais e de inovação que consolidam o Paraná como referência nacional em sustentabilidade. Em entrevista ao programa Contraponto – A Voz do Povo, da Rádio Cultura, Greca destacou o projeto da Beira Foz e afirmou que o Estado vive “um momento de equilíbrio entre produção, preservação e inovação”, resultado de um planejamento integrado conduzido pelo governador Ratinho Junior.
Segundo ele, o Paraná entregou recentemente a Carta do Bioma Mata Atlântica à presidência da COP e já possui 450 mil propriedades rurais regularizadas, além de sistemas de monitoramento de carbono em todo o território estadual. “Floresta em pé vale mais do que floresta derrubada. Essa é a lógica de um Estado que produz com responsabilidade e protege o que é seu”, afirmou o secretário.
Na área da educação, Greca relembrou a criação dos Faróis do Saber e Inovação, projeto desenvolvido durante suas gestões em Curitiba e que reúne bibliotecas, oficinas de robótica e espaços de prototipagem. Inspirado em metodologias do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o programa incentiva o aprendizado prático e criativo. “A criança aprende fazendo. Esse é o espírito do ‘do it yourself’, que forma gerações curiosas e capazes de pensar soluções para o futuro”, explicou.
O secretário também defendeu o respeito e a valorização dos professores, criticando discursos que desconsideram a importância da categoria. “Dizer que uma professora não é ninguém é uma grosseria sem tamanho. A educação é o alicerce da civilização”, afirmou.
Durante a entrevista, Greca abordou ainda a necessidade de uma nova cultura política, voltada ao serviço público e distante da polarização ideológica. Ele elogiou o governador Ratinho Junior e o prefeito de Foz do Iguaçu, Joaquim Silva e Luna, por adotarem uma gestão técnica e pragmática. “O amor é a condição da missão pública, e a felicidade do povo nasce da virtude dos governantes”, declarou.
O ex-prefeito de Curitiba também fez uma viagem pela história de Foz do Iguaçu e do Parque Nacional do Iguaçu, destacando o Cataratas Day como símbolo da identidade paranaense. Ele lembrou a descoberta das Cataratas por Cabeza de Vaca, em 1542, e o Tratado de Madri, de 1750, que definiu as fronteiras da região. “O Parque Nacional é um orgulho dos paranaenses e símbolo do nosso amor pela natureza”, afirmou.
Outro tema mencionado foi o projeto de recuperação ambiental do Rio Iguaçu, que deve utilizar parte dos recursos da indenização da Petrobras, estimados em R$ 1,2 bilhão, para a criação de parques lineares e áreas públicas verdes. Greca citou o Parque do Rio Monjolo e a requalificação de terrenos do antigo DER como exemplos de iniciativas que unem sustentabilidade e urbanismo.
Em tom pessoal, o secretário prestou homenagem à esposa, Margarita Sansone Greca, falecida há pouco mais de um ano. “Foi tão elegante na hora extrema que disse: ‘estou muito satisfeita, meu gato’. Ela amava Roma, e agora Curitiba foi reconhecida entre as cidades mais inteligentes do mundo, ao lado da capital italiana. Tenho certeza de que ela estaria feliz”, disse emocionado.
