A manhã desta terça-feira (4) marcou o início da Operação Simultânea, uma grande mobilização de forças de segurança que vai atuar de forma integrada nas regiões de fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai. O lançamento oficial aconteceu no Marco das Três Fronteiras, com a presença de autoridades civis e militares dos três países.
A operação é coordenada pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Militar do Paraná, da Polícia Militar de Santa Catarina e de outros órgãos de segurança. O objetivo é reforçar o policiamento ostensivo e combater o tráfico de drogas, armas e pessoas, além de aumentar a presença policial nas áreas de divisa.
Segundo o Comandante Regional da Polícia Militar do Paraná, Coronel Valmir de Souza, a ação tem um caráter internacional e envolve também contatos com forças de segurança do Paraguai.
“Na verdade, é uma operação unindo vários países, né? Nós temos o Uruguai, a Argentina, também contatos com o Paraguai. Mas focados especificamente nas divisas e fronteiras aqui no Brasil e também, como eu disse, nesses países como um todo.”
O comandante explicou que a operação é resultado de planejamento conjunto realizado ao longo dos últimos meses, envolvendo diversas instituições de segurança pública.
“O trabalho é de reforço do policiamento nas fronteiras, visando especificamente o tráfico de drogas, tráfico de armas e tráfico de pessoas. Então é um trabalho integrado de todas as forças de segurança desses três países. Nós já vínhamos há um bom tempo fazendo esses contatos, esse planejamento, e agora o trabalho está nas ruas, amparado por todos esses policiais que estão fazendo esse reforço.”
Questionado sobre uma possível relação entre a Operação Simultânea e as recentes ações policiais no Rio de Janeiro, o Coronel Souza negou qualquer ligação direta, mas afirmou que as equipes estão atentas a possíveis reflexos nas regiões de fronteira.
“O motivo não é esse do Rio de Janeiro. Mas claro que todas as ações que aconteceram lá, que podem transbordar para as regiões de fronteira, nós estamos atentos. Estamos fazendo um levantamento de inteligência, isso tudo está compilado dentro dessa operação. Porém, a operação em si, não tem relação direta com o que aconteceu no Rio de Janeiro.”
A duração da operação não foi divulgada por questões estratégicas. De acordo com o comandante, a ação seguirá conforme as demandas identificadas e o andamento das investigações.
A Operação Simultânea representa um marco na integração das forças de segurança do Cone Sul, unindo esforços para combater o crime organizado e fortalecer a presença do Estado nas regiões de fronteira — áreas historicamente sensíveis à atuação de organizações criminosas e ao tráfico internacional.


















































