Foz do Iguaçu dará um passo inédito na prevenção à dengue com o desenvolvimento e implantação de um sistema de monitoramento inteligente do mosquito transmissor da doença. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Prefeitura Municipal. A autorização para início da pesquisa foi assinada nesta sexta-feira (24), por representantes das duas instituições. A tecnologia permitirá que, a partir de 2026, o município monitore em tempo real a presença do Aedes aegypti, de forma automática e precisa.
O projeto, intitulado “Desenvolvimento de Tecnologia para Monitoramento do Aedes aegypti Utilizando Inteligência Artificial”, prevê o uso de sensores ópticos e algoritmos de IA capazes de identificar a espécie e suas características a partir do som produzido pelo inseto. Os dados coletados serão enviados a uma central, possibilitando o mapeamento de áreas de risco, horários de maior atividade e até a previsão de surtos. A pesquisa é coordenada pelo professor doutor André Gustavo Maletzke, da Unioeste/Foz, com apoio técnico do Centro de Zoonoses.
De baixo custo e precisão avançada, os sensores desenvolvidos podem custar até dez vezes menos que equipamentos similares disponíveis no mercado, variando entre R$ 100 e R$ 1 mil. A tecnologia vem sendo aprimorada há dez anos pela Unioeste em parceria com universidades do Brasil, Estados Unidos e Austrália. Foz do Iguaçu foi escolhida como cidade-piloto por estar entre as que registram maior índice de infestação do mosquito no país. Segundo o diretor da Unioeste/Foz, Sérgio Moacir Fabriz, a iniciativa reforça o papel da universidade pública no desenvolvimento regional. “É um trabalho que coloca a ciência a serviço da vida, protegendo a população e contribuindo com o mundo”, destacou.
O prefeito de Foz, general Joaquim Silva e Luna, ressaltou que o projeto representa “um salto na prevenção e proteção da população”, enquanto o secretário municipal de Saúde, Fábio de Mello, lembrou que a parceria entre o município e a Unioeste é de longa data e que a nova tecnologia “será um instrumento fundamental no trabalho de campo de combate à dengue”.



















































