Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu celebra dois anos do Projeto Enraizar

Projeto Enraizar é uma iniciativa evangelística que teve início com 12 participantes e atualmente reúne 92 mulheres.

Na última quinta-feira (9), as custodiadas da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP) participaram de uma celebração especial pelos dois anos do Projeto Enraizar, uma iniciativa evangelística que teve início com 12 participantes e atualmente reúne 92 mulheres.

O Enraizar tem como objetivo oferecer às pessoas privadas de liberdade oportunidades de reinserção social pela fé, fortalecendo aspectos espirituais, emocionais e comportamentais. Por meio da experiência religiosa, as participantes têm desenvolvido melhor convívio interpessoal, respeito mútuo, além de encontrarem apoio no enfrentamento de vícios e sintomas depressivos.

Mais do que uma prática espiritual, o projeto promove reflexão, arrependimento e transformação pessoal, incentivando o fortalecimento dos laços familiares e a reconstrução de vínculos sociais. A iniciativa complementa o tratamento penal com um olhar mais humanizado e restaurador, contribuindo para prevenir a reincidência e favorecer a reintegração social.

Durante o encontro comemorativo, as custodiadas participaram de orações, louvores, breves ministrações, testemunhos e momentos de partilha, nos quais relataram as mudanças vivenciadas desde que ingressaram no projeto. O ambiente foi marcado por emoção, gratidão e esperança.
O projeto é interdenominacional e conta com o apoio em oração da Igreja Ministério Apostólico Mesa e Reino, que realiza, mensalmente, um momento de comunhão e renovação espiritual com as participantes.

O coordenador regional da Polícia Penal em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo, destacou a importância de ações como o Enraizar no processo de reinserção social: “Projetos como este mostram que a fé pode ser um importante instrumento de transformação e de reconstrução de valores, auxiliando as custodiadas a retomarem um novo caminho de vida”, disse.

“O projeto Enraizar tem desempenhado um papel fundamental no processo de reintegração social das mulheres privadas de liberdade, promovendo não apenas o acolhimento espiritual, mas também a reflexão profunda sobre os atos cometidos. Por meio de atividades que despertam a consciência, o autoconhecimento e o senso de responsabilidade, o projeto contribui para a transformação interior das participantes, fortalecendo nelas o desejo real de mudança e reconstrução de suas vidas”, explicou a gestora da PFF-UP, Helena Maria Almeida Pasin.

A idealizadora do projeto, agente profissional e odontóloga da PPPR, Carina Castanheira dos Santos de Assis, celebrou os resultados alcançados ao longo desses dois anos: “Meu coração transborda de alegria e gratidão a Deus pelo Enraizar. Esse projeto tem sido um presente, um tempo precioso em que compartilho os ensinamentos e o amor de Deus com as mulheres privadas de liberdade. É indescritível ver o brilho nos olhos delas ao testemunharem a transformação que Deus tem realizado em suas vidas, restaurando sonhos e reacendendo a esperança”, finalizou.

Sair da versão mobile