A rotina de quem trabalha em Foz do Iguaçu é marcada por trajetos curtos. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 78% dos trabalhadores do município gastam até 30 minutos para se deslocar de casa até o local de trabalho.
O levantamento mostra que 37% levam de 16 a 30 minutos, enquanto 31% chegam em até 15 minutos e 10% fazem o percurso em menos de cinco minutos. Já 15% demoram entre 31 minutos e uma hora, e apenas 5% levam de uma a duas horas para chegar ao trabalho. Nenhum entrevistado declarou gastar mais de duas horas no trajeto.
Os principais meios de transporte utilizados em Foz do Iguaçu indicam forte dependência do transporte individual: 58.849 pessoas usam automóvel, 17.322 utilizam motocicleta e 19.600 dependem de ônibus. Além disso, 13.246 se deslocam a pé e 5.432 utilizam bicicleta, enquanto trem ou metrô não existem na cidade.
O transporte coletivo em Foz do Iguaçu ainda atende a uma parcela menor da população, com pouco mais de 19 mil trabalhadores utilizando ônibus para se deslocar. Apesar de ser uma alternativa mais econômica e sustentável em comparação ao transporte individual, o sistema enfrenta desafios, como cobertura limitada em algumas regiões e horários restritos que podem não atender totalmente à demanda.
A baixa adesão também reflete a preferência pelo uso de automóveis e motocicletas, impulsionada pela proximidade entre moradia e trabalho, que torna os trajetos curtos e relativamente rápidos.
Por outro lado, os números indicam uma mobilidade urbana relativamente eficiente e um padrão de deslocamento típico de cidades médias, onde moradia e trabalho estão concentrados em áreas próximas.
A estrutura urbana de Foz, com polos de emprego distribuídos entre o centro, bairros e a região turística, contribui para que grande parte da população tenha percursos curtos.
Em comparação com grandes capitais, como Curitiba ou São Paulo, onde o tempo médio de deslocamento ultrapassa uma hora, Foz do Iguaçu se destaca por oferecer melhor qualidade de vida no trânsito — com menos congestionamentos e mais tempo livre fora do transporte.
Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2022 – IBGE, na categoria “Tempo habitual gasto de deslocamento da casa ao trabalho principal”, e refletem as respostas dos moradores do município.