Itaipu apresenta embarcação pioneira movida a hidrogênio verde

Projeto desenvolvido com o Itaipu Parquetec será lançado oficialmente na COP30 e usado na coleta seletiva de Belém.

Itaipu leva à COP30 o primeiro barco brasileiro movido a hidrogênio verde. Fotos: William Brisida/Itaipu Binacional.

A Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec apresentaram nesta terça-feira (7), o primeiro barco totalmente movido a hidrogênio verde do Brasil. A navegação inaugural ocorreu no reservatório de Itaipu, junto à barragem, e foi acompanhada por jornalistas e colaboradores das duas instituições.

Segundo o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, o projeto une duas vertentes fundamentais da atuação da empresa: inovação e responsabilidade socioambiental.

“A inovação tecnológica é uma marca de Itaipu em seus mais de 50 anos. E, com esse barco, temos algo que o mundo inteiro busca: um meio de transporte que não polui e que, em Belém, vai apoiar os trabalhadores e trabalhadoras da coleta seletiva”, destacou Verri.

A entrega oficial da embarcação acontecerá durante a COP30, em Belém. O projeto integra o conjunto de iniciativas da Itaipu que fazem parte dos investimentos do Governo Federal na organização da Conferência Mundial do Clima, promovida pela ONU.

De acordo com o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni, o projeto simboliza a contribuição da empresa para a transição energética e o enfrentamento das mudanças climáticas.

“Este barco demonstra a capacidade de Itaipu em desenvolver tecnologias que ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a promover um futuro mais sustentável”, afirmou.

Além de obras estruturantes em Belém, Itaipu mantém uma parceria com a Prefeitura Municipal e com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), da Universidade Federal do Pará (UFPA). O convênio prevê ações de educação ambiental e fortalecimento da coleta seletiva, com apoio a quatro cooperativas de catadores da capital paraense.

A embarcação ficará sob responsabilidade da Fadesp, que fará o monitoramento do uso do barco na coleta seletiva e do abastecimento com hidrogênio verde — combustível já produzido pela universidade —, além de utilizá-lo em atividades de pesquisa.

Desenvolvido com base em mais de 10 anos de experiência em produção de hidrogênio verde no Itaipu Parquetec, o barco é feito em alumínio, pesa 1,5 tonelada e tem 9,5 metros de comprimento por 3 metros de largura, com capacidade de carga de 9 toneladas. O sistema conta ainda com painéis fotovoltaicos integrados.

Silencioso e livre de emissões, o barco tem como único resíduo de funcionamento a água pura.

Para o diretor-superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo, a embarcação reflete o papel do parque em integrar pesquisa aplicada e sustentabilidade.

“É uma tecnologia que alguns países já desenvolvem, e nós temos condições de ajudar o Brasil a acelerar seu uso em barcos, caminhões, ônibus e até aviões”, afirmou.

O diretor de Tecnologias do Parquetec, Alexandre Leite, ressaltou que há grande potencial para o uso de embarcações movidas a hidrogênio na própria região do reservatório de Itaipu, em atividades como transporte de pessoas, lazer e pesca. “É um meio de transporte que também pode impulsionar o turismo sustentável”, completou.

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