Cats
Há espetáculos que passam, e há aqueles que ficam. Cats é um desses que permanecem, feito lembrança boa guardada no coração. Para além de seu tempo, suas apresentações e canções. Inspirado nos poemas do escritor e dramaturgo T.S. Eliot, o compositor Andrew Lloyd Webber transformou versos sobre gatos em poesia cantada e dançada nos palcos ao redor do mundo.
A estreia aconteceu em 11 de maio de 1981, no New London Theatre, em Londres – Inglaterra. O sucesso foi tanto que, pouco depois, o musical atravessou o Atlântico e chegou à Broadway em 7 de outubro de 1982, (43 anos hoje) no Winter Garden Theatre, em Nova Iorque – Estados Unidos da América, onde ficou em cartaz por 18 anos, com mais de 7.400 apresentações. Foram também 21 anos de sucesso no West End, em Londres, e uma trilha que marcou gerações — com “Memory”, a canção que fala de noites silenciosas e da esperança de recomeçar “quando o amanhecer chegar”.
Entre danças e miados, Cats celebra o tempo e o renascimento. É como se cada gato de Eliot — sábio, curioso, vaidoso ou esquecido — nos lembrasse que todos temos nossas histórias, e que há beleza mesmo nas sombras. O musical foi traduzido para dez línguas e encenado em mais de vinte países, tendo recebido mais de trinta prêmios, incluindo sete Tony Awards, o grande prêmio do teatro.
Em 2010, o musical chegou ao Brasil, em São Paulo, trazendo o mesmo encanto e a certeza de que certas memórias, como os gatos, sempre encontram o caminho de volta para casa. Memórias fazem história!
Mas a história de Cats não parou nos palcos. Ganhou, alguns anos depois, o que hoje chamamos de spin-offs e o universo felino ganhou novas formas: o filme de 2019, dirigido por Tom Hooper, levou os Jellicle Cats às telas do cinema, enquanto gravações teatrais e transmissões de TV permitiram que novas plateias conhecessem a dança e a poesia do musical.
Versões menores para escolas, teatros regionais e experiências imersivas continuaram a espalhar o encanto, permitindo que o público se sentisse parte do Jellicle Ball. Trilhas sonoras, livros e merchandising ajudaram a transformar Cats em algo além do espetáculo: uma lembrança afetiva que celebra o tempo, a memória e a beleza de simplesmente ser.
“To be seen, to be heard, to remember who we are.” (“Para ser visto, para ser ouvido, para lembrar quem somos.”). Porque Cats é, acima de tudo, sobre recomeços, emoção e a poesia que mora em cada vida — humana ou gatuna.
Memory, the song!
“Memory, é uma canção do musical Cats de Andrew Lloyd Webber cantada pelo personagem Grizabella, uma gata glamour que lembra de seus velhos tempos de glória quando era jovem. A canção é uma lembrança nostálgica de seu passado glorioso e uma declaração de seu desejo de começar uma nova vida. É cantada brevemente no primeiro ato e inteira perto do final do show, “Memory” é o clímax do musical, e de longe a sua canção mais popular e bem conhecida.” Trecho original em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Memory.
Assista a versão de ‘Memory’ com Elaine Paige | Cats The Musical.
T.S. Eliot
O Nobel de Literatura Thomas Stearns Eliot (Ordem de Mérito – Reino Unido) “nasceu em St. Louis em 26 de setembro de 1888 e faleceu em Londres em 4 de janeiro de 1965. Foi um poeta, dramaturgo, crítico literário e editor literário americano-britânico. É considerado um dos representantes mais importantes do modernismo literário e um dos maiores poetas do século XX. Nascido nos Estados Unidos, mudou-se para a Europa durante a Primeira Guerra Mundial, consagrou-se como um dos maiores ícones da geração perdida, tornou-se cidadão britânico em 1927, tendo se convertido ao anglicanismo e exercido grande influência sobre o conservadorismo inglês, e, em 1948, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Sua poesia é conhecida pelo cuidado com a sonoridade e a musicalidade, pela constante alusão a mitos e referências culturais e pela reflexão acerca dos problemas existenciais do homem moderno.” Trecho transcrito de: https://pt.wikipedia.org/wiki/T._S._Eliot
Até o próximo porto!
Estella Parisotto Lucas