“Arte para Liberdade Solidária” apresenta trabalhos de custodiados em Foz do Iguaçu

Exposição ocorre no prédio histórico do Clube Gresfi, de 24 à 30 de setembro das 14h às 17h.

A Regional Administrativa da Polícia Penal do Paraná (PPPR) em Foz do Iguaçu, em parceria com o Conselho da Comunidade, realiza até o dia 30 de setembro a exposição “Arte para Liberdade Solidária”. A mostra reúne trabalhos artísticos produzidos por pessoas privadas de liberdade (PPL) da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu III – Unidade de Progressão (PEF III-UP) e da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP).

Os trabalhos expostos fazem parte de projetos desenvolvidos nas duas unidades prisionais, com a colaboração do Conselho da Comunidade e a Vara de Execuções Penais de Foz do Iguaçu.

Na PEF III-UP, destacam-se os projetos “Arte para Liberdade”, com quadros pintados à mão, e “Amigurumi Solidário”, que utiliza a técnica japonesa de crochê e tricô para confecção de bonecos. Já na PFF-UP, os projetos “Tecendo o Bem”, com amigurumis confeccionados pelas internas, e “Mãos que Criam”, com artesanatos diversos, ganham destaque.

A iniciativa tem como objetivo dar visibilidade aos talentos artísticos desenvolvidos em contexto de privação de liberdade, aproximando a sociedade da realidade do sistema prisional, além de reconhecer o empenho dos internos na reconstrução pessoal e social. Todos os projetos têm como foco a reinserção social, a capacitação profissional e o estímulo à educação dos custodiados.

“Por meio deste trabalho, retornamos à sociedade cidadãos mais dignos, capacitados e prontos para recomeçar, fortalecendo não apenas a redução da reincidência, mas também a reconstrução social e pessoal de cada participante”, destacou o coordenador regional de Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo.

O gestor da PEF III-UP, Stenio Couto do Nascimento, ressalta a importância da iniciativa:
“Levar esses projetos além dos muros é uma forma de mostrar à sociedade o trabalho realizado nas unidades de progressão, contribuindo para a quebra de preconceitos. Essa mostra dos talentos das pessoas privadas de liberdade, por meio das obras que produzem, representa uma forma de retribuição à sociedade e um passo importante no processo de reintegração social”, explicou.

Para o policial penal José Roberto de Morais, coordenador do projeto na PEF III-UP, a parceria entre as unidades é um exemplo concreto de integração no sistema prisional: “Quando atuamos juntos, é possível alcançar resultados significativos na promoção da cidadania e da reintegração social”, disse.

A gestora da PFF-UP, Helena Maria Almeida Pasin, reforça a importância da ação para as custodiadas: “É essencial que as mulheres privadas de liberdade tenham acesso ao trabalho e à aprendizagem de um ofício, pois isso contribui diretamente para sua reintegração à sociedade, oferecendo perspectivas de futuro. Além disso, a exposição valoriza e dá visibilidade ao trabalho desenvolvido pelas custodiadas mostrando à comunidade o talento, o esforço e o potencial de transformação presente em cada peça produzida”, explicou.

A exposição ocorre no prédio histórico do Clube Gresfi, em Foz do Iguaçu, de 24 à 30 de setembro das 14h às 17h.

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