A Comissão de Educação da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu levantou, nesta semana, uma série de críticas à secretária de Educação, Silvana Garcia. Durante a sessão, a presidente da comissão relatou denúncias recebidas de diretores de escolas e CMEIs, destacando problemas de infraestrutura, falta de profissionais de apoio, turmas fechadas e até casos de assédio moral e perseguição relatados por gestores.
Segundo a parlamentar, diretores chegaram a se emocionar em reunião recente, relatando dificuldades para manter as unidades funcionando. “Tem diretor que coloca do próprio bolso, conta com a ajuda da família, porque o poder público não resolve. E quando esses profissionais, que carregam tudo nas costas, são destratados, isso se torna insustentável”, afirmou a vereadora Yasmin Hachem, que preside a comissão. Ainda conforme a parlamentar, há um abaixo-assinado pedindo a saída da secretária de Educação, o que demonstra que a mobilização não é isolada. A iniciativa de um professor da Rede Pública Municipal conta, até agora, com 2.052 apoiadores.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação ressaltou que mantém diálogo constante com as unidades escolares. Em nota, informou que a equipe da pasta “está diariamente presente nas escolas, acompanhando, dialogando, conhecendo cada realidade e identificando as reais necessidades de cada unidade”.
A secretaria destacou ainda que, ao longo deste ano letivo, foram realizadas dezenas de reuniões coletivas com os diretores, além de inúmeros atendimentos individualizados, sempre que solicitados. “Portanto, não há falta de diálogo. Pelo contrário: há proximidade, presença e escuta ativa em todos os níveis, garantindo que as ações sejam construídas em conjunto com as equipes escolares e em favor da qualidade da educação municipal”, diz o comunicado.