Prefeitura afirma que saúde atendeu 800 mil pessoas e reduziu filas em 2025

Secretaria de Saúde afirma avanços na atenção primária, especializada e vigilância, com novas unidades e mutirões para a população

Meramente ilustrativa

A Prefeitura de Foz do Iguaçu apresentou nesta terça-feira (26) o balanço da saúde nos quase oito meses de 2025. O anúncio foi feito durante o Café com a Saúde, evento realizado no auditório da Unioeste com a presença do prefeito general Silva e Luna, do vice-prefeito Ricardinho, de gestores e servidores municipais.

Segundo os números divulgados, foram mais de 800 mil atendimentos somente na Atenção Primária em Saúde. As equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal, Agentes Comunitários de Saúde e profissionais multiprofissionais atenderam cerca de 200 mil moradores diferentes. Somente em consultas médicas, foram quase 170 mil registros no período. O balanço aponta ainda a aplicação de 190 mil doses de vacinas, em campanhas de rotina e programas de prevenção.

O secretário de Saúde, Fábio de Mello, destacou a importância da atenção primária no fortalecimento da prevenção e no cuidado com a população. “A integralidade do cuidado passa pelo fortalecimento da atenção primária. A prevenção tem sido prioridade, especialmente em ações voltadas à saúde da mulher e da criança”, afirmou.

Especialidades e redução de filas

A atenção especializada também apresentou avanços significativos. Após ajustes de processos, sem aumento de orçamento ou contratação de novos profissionais, a secretaria conseguiu reduzir filas em áreas ambulatoriais como oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia e ginecologia.

Em algumas especialidades, pacientes aguardam de 30 a 60 dias para consulta, enquanto cirurgias de hérnia, vesícula e catarata têm fila média de 45 dias. Segundo Mello, o resultado é fruto de reorganização administrativa. “Conseguimos ampliar o acesso sem novos recursos, apenas com revisão de fluxos e fortalecimento das equipes. Mesmo com o mesmo número de profissionais e orçamento, os mutirões e novos processos deram resultado”, explicou.

Vigilância em Saúde

O município também avançou na área de vigilância em saúde, com destaque para o projeto Wolbachia, que utiliza mosquitos com uma bactéria capaz de reduzir a transmissão de arboviroses como a dengue. Até agora, 50% do território urbano foi contemplado, e a expectativa é chegar a toda a cidade no segundo semestre.

Sobre o impacto dessas ações, Mello afirmou que “esse trabalho é fundamental. A vigilância inclui fiscalização sanitária, saúde do trabalhador e monitoramento epidemiológico. São ações que ajudam a reduzir riscos e acelerar investigações de surtos”.

Expansão da rede e novas unidades

A prefeitura também investiu na ampliação da rede física de saúde. Estão em planejamento ou execução cinco novas Unidades Básicas de Saúde (1º de Maio, Três Bandeiras, Jardim Central, Bubas e Parque Presidente), além de um Ambulatório Médico Especializado, uma Policlínica e um novo Pronto Atendimento Médico no Porto Meira.

O poliambulatório que abriga o Centro Integrado de Saúde (CIS) foi duplicado, com novos equipamentos de imagem, permitindo dobrar a capacidade de cirurgias eletivas de 600 para mais de 1.200 procedimentos por mês.

Além disso, 70 profissionais de enfermagem foram convocados simultaneamente, reforçando as equipes da atenção básica e das unidades de urgência e emergência. Segundo o secretário, essas ações mostram que a ampliação da rede física é fundamental para dar suporte ao atendimento.

Hospital Municipal e federalização

Apesar dos avanços, o Hospital Municipal ainda representa um desafio financeiro para o município. Mello explicou que a unidade consome grande parte dos recursos, limitando investimentos em outras áreas da saúde. “O hospital consome muitos recursos, o que inviabiliza outros setores. Estamos buscando a federalização junto ao Ministério da Saúde. A permuta do terreno com o INSS já foi concluída e há acordo com a UNILA para viabilizar a transição. Isso vai permitir desafogar as finanças do município e investir em outras áreas da saúde”, disse.

Desafios e perspectivas

O secretário reconheceu que a pasta herdou uma estrutura e orçamento já existentes, o que exigiu reorganização e criação de novos fluxos de trabalho. “Herdamos um orçamento e uma estrutura já existentes. Foi preciso reorganizar processos e criar novos fluxos. Com empenho das equipes e apoio financeiro do Estado, conseguimos avançar”, explicou.

Para os próximos meses, novas chamadas públicas estão sendo realizadas para credenciamento de serviços em plantões nas UPAs, pronto-socorro, exames de imagem e consultas especializadas. Segundo Mello, o objetivo é ampliar o atendimento do SUS até o fim do ano, garantindo mais acesso e resolutividade para a população. “Até o fim do ano, queremos ampliar o atendimento do SUS, garantindo mais acesso e resolutividade para a população”, concluiu.

Sair da versão mobile