Foz mantém saldo positivo de empregos formais, mas ritmo de crescimento desacelera

Cidade registrou 1.677 vagas no 1º semestre, queda de 12,7% frente a 2024; qualificação será foco para manter geração de empregos.

FOTO: DAVI PINHEIRO/GOVERNO DO CEARA

Foz do Iguaçu encerrou o primeiro semestre de 2025 com saldo positivo de 1.677 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED). Apesar de permanecer no campo positivo, o resultado representa uma queda de 12,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando o município registrou a criação líquida de 1.922 postos formais.

A prefeitura divulgou que, entre janeiro e junho deste ano, foram registradas 23.164 admissões, aumento de 9% em relação às 21.247 contratações do mesmo intervalo em 2024. No entanto, o número de desligamentos também cresceu e alcançou 21.487, contra 19.325 no ano anterior, o que representa alta de 11,2%. Esse avanço nas demissões foi determinante para a desaceleração do saldo final.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Agricultura, Edinardo Aguiar, destaca que os números confirmam a tendência de maior rotatividade no mercado local. “Não há divergência entre os dados do Caged e os divulgados pela Prefeitura. Houve, de fato, um aumento nas contratações, mas o acréscimo ainda maior de desligamentos reduziu o saldo de geração de empregos”, explicou.

Segundo ele, a desaceleração está ligada principalmente ao comportamento dos setores que mais movimentam a economia da cidade. “O comércio e os serviços são os que mais contratam, mas também os que mais impactam quando oscilam. No fim de 2024 houve um aumento expressivo de admissões, apostando em um aquecimento do turismo e dos serviços. Como essa expectativa não se confirmou, as demissões vieram no início de 2025, refletindo na queda do saldo positivo”, afirmou.

Para enfrentar o desafio, a Prefeitura prepara ações voltadas à qualificação profissional da mão de obra local. “Estamos reposicionando a Agência do Trabalhador, que deixará de ser apenas um intermediador de vagas. Muitos postos seguem abertos por falta de capacitação básica, especialmente nas regiões periféricas. A partir do próximo mês, vamos iniciar atividades-piloto criando centros de qualificação em bairros como Cidade Nova, Três Lagoas, Morumbi, Região Norte e Porto Meira. O objetivo é levar a formação até as comunidades e ampliar as chances de ocupação das vagas disponíveis”, adiantou o secretário.

O saldo positivo confirma que Foz do Iguaçu segue gerando oportunidades de emprego, mas a desaceleração reforça a necessidade de políticas públicas focadas na qualificação profissional e na diversificação da economia local, especialmente em setores com alta rotatividade.

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