Na tarde deste domingo (17), uma professora, identificada como Helena Paula Domingues Carvalho, foi sequestrada nas proximidades do bairro Boicy, em Foz do Iguaçu. A vítima foi rendida por três homens armados em um supermercado da região, colocada em seu próprio veículo, vendada e levada até a zona rural de Santa Terezinha de Itaipu, onde foi abandonada.
Antes de confirmarem o sequestro, o marido da vítima conseguiu localizar o celular dela jogado em um matagal no bairro Boicy, onde os criminosos haviam dispensado o aparelho logo após a ação. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), após ser deixada pelos criminosos, Helena conseguiu ajuda ao pegar carona até a unidade operacional da corporação em Santa Terezinha, onde recebeu apoio imediato. Em seguida, ela foi encaminhada à Polícia Civil de Foz do Iguaçu, onde prestou depoimento e registrou a ocorrência.
O filho da professora se manifestou em áudio emocionante, relatando o alívio da família após momentos de angústia. “Ela está fisicamente bem, em choque, chorando muito, mas bem. O mais importante para mim é que a minha mãe está bem”, declarou.
Em depoimento, a professora descreveu o drama vivido durante o sequestro. “Eles me amarraram no meio do mato, braços, pernas e boca, tudo preso. Um dos homens ficou comigo, apontando um revólver. Eu disse: ‘moço, vou morrer aqui, ninguém vai me encontrar no mato’. Ele respondeu que, se eu colaborasse, ligaria para a polícia depois que fosse resgatado, para que me encontrassem com vida. Depois de um tempo, ele afrouxou as amarras e disse que eu conseguiria sair sozinha. Foi então que, após contar até dez, consegui me soltar.”
Segundo a professora, depois de conseguir se soltar, ela caminhou até a BR-277 para pedir ajuda. “Caminhei até a BR, tentei pedir ajuda, mas ninguém parava. Corri atrás de um ciclista que também não parou. Só depois um senhor parou o carro e me levou até a polícia. Graças a Deus estou bem, apesar de muito abalada” finalizou.
Ainda segundo a PRF, o automóvel da professora, um Ford Territory, de cor prata, atravessou a fronteira e foi levado para o Paraguai. Apesar do trauma, a professora não sofreu ferimentos. A Polícia Civil já deu início às investigações para identificar e localizar os envolvidos no crime.