A duplicação da Rodovia das Cataratas, BR 469, apesar de ter ganhado fôlego nos últimos meses, ainda promete muita dor de cabeça para quem precisa usar a via. A melhoria que era para ser entregue no primeiro semestre de 2024 sofreu atraso e, um aditivo contratual assinado entre a Construtoras Dalba, executora da obra, e o Governo do Estado, esticou este prazo para julho do ano que vem. Mas existe a expectativa de que o trecho entre o viaduto para Argentina e o acesso ao aeroporto seja entregue até o final deste ano. O diretor da Dalba, Luciano Daleffe, já tinha adiantado à reportagem da Rádio Cultura essa possibilidade de entrega da primeira parte ainda este ano.
Até o final de julho o projeto estava com quase 65% concluído, de acordo com o fiscal da obra do Dnit, Marcos Paulo Costa. “A obra estava quase parada, depois do pedido de recuperação judicial da Dalba o ritmo ficou muito mais rápido, com obras em praticamente todas as frentes”, lembrou o servidor.
O engenheiro esteve numa reunião com empresários que têm empreendimentos comerciais no trecho em obras, realizado na tarde de hoje, terça-feira. O Sindihotéis havia convidado representantes do Dnit, DER e Dalba, porém só o Dnit aceitou o convite. A intenção dos empresários era cobrar mais agilidade e melhorias na sinalização da obra. Segundo o secretário de Turismo, Jin Petrycoski, julho foi bastante tumultuado na via. “Teve dias que ocorreram cinco acidentes”, lembrou.
Sobre a sinalização temporária na rodovia, que vem deixando a desejar desde o início das obras, o representante do Dnit disse que ‘estava inadmissível a situação, especialmente no período noturno’. Segundo ele após reiteradas cobranças dos fiscais tanto do DER quanto do DNIT, melhorou muito a sinalização. “A construtora contratou recentemente uma equipe só para realizar a sinalização temporária para dar mais segurança às obras”.
O secretário de Turismo levantou outra deficiência do projeto que preocupa os autoridades e usuários da via: o projeto não contempla a localização de abrigos para ônibus do transporte coletivos e passarelas para pedestres. Petrycoski disse que sua pasta e alguns órgão ligados ao turismo estão buscando garantir que estes equipamentos sejam construídos ao longo da via ainda durante a construção.
A obra tem ao todo 8,7 quilômetros de extensão vai do portal de entrada do Parque Nacional do Iguaçu até o trevo de acesso à Argentina, e inclui a construção de vias marginais, passeios, ciclovia, uma nova ponte sobre o Rio Tamanduá e quatro viadutos, além da duplicação em si.
O projeto prevê a melhoria do acesso ao Parque Nacional do Iguaçu e ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, além de desafogar o trânsito na região. A duplicação também visa aumentar a segurança e a fluidez do tráfego, com a construção de vias marginais e a implantação de passarelas para pedestres e ciclistas. A Itaipu Binacional é quem financia a obra.