O Gepatria – Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, agora funciona num órgão único em Curitiba, com abrangência estadual.
A reformulação foi determinada pela Procuradoria-Geral de Justiça e o Gepatria passa a ser estruturado em uma coordenação-geral, uma coordenação-adjunta e um núcleo jurídico composto por oito membros com atribuição para atuar conjuntamente ou individualmente em todo o Paraná.
Foram extintos os núcleos de Guarapuava, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Santo Antônio da Platina, Umuarama, União da Vitória, Paranaguá e Ponta Grossa. Os servidores destes núcleos foram transferidos para a capital do estado.
Em Foz do Iguaçu o núcleo era chefiado pelo promotor Tiago Lisboa Mendonça, que garante que o encerramento das atividades na cidade não causou nenhum prejuízo. “Todas as operações ainda não concluídas foram redistribuídas para a 6ª Promotoria Pública, que cuida do Patrimônio Público, ou, no caso de investigações que envolvam mais de um município, para a coordenação em Curitiba”, explicou.
O promotor permanece na cidade, pois também atua como promotor no Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. O Gaeco é responsável por investigações, combate e ações penais relacionadas ao crime organizado e ao controle externo da atividade policial.
De acordo com o procurador-geral de Justiça, Francisco Zanicotti, a concepção desse novo formato institucional visa aprimorar a integração entre os membros designados, a coordenação das investigações e a especialização funcional, fortalecendo a capacidade de resposta institucional do Gepatria. “O objetivo é maximizar a eficiência na prevenção e na repressão a ilicitudes cíveis e penais complexas contra a administração pública e à lavagem de dinheiro”, destaca.
O Gepatria priorizará ilícitos praticados por cartéis e grandes grupos econômicos, especialmente quando envolverem infrações de caráter transfronteiriço ou causarem grande dano social ou econômico. O grupo também atuará em investigações que demandarem intervenção especializada pelo fato de lidarem com agentes públicos em posições hierárquicas ou político-econômicas proeminentes.