A chegada de um recém-nascido é um momento cheio de amor e descobertas. Antes de ir para casa, o bebê passa por exames de triagem neonatal, que ajudam a identificar precocemente problemas de saúde. Um deles é o teste do olhinho: rápido, simples e indolor, que detecta alterações oculares, como catarata, glaucoma e sinais de retinoblastoma. “Embora seja raro, o retinoblastoma representa cerca de 3% dos tumores infantis, acometendo principalmente crianças entre 1 e 4 anos”, explica Caroline Andrade, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cascavel.
Um dos primeiros sinais que os pais costumam notar é uma mancha branca no olho da criança, visível em fotos com flash. Em vez do reflexo vermelho típico, aparece um reflexo esbranquiçado, chamado leucocoria. Outro sinal de alerta é o estrabismo, que pode ser a primeira manifestação clínica do tumor. “É fundamental que qualquer alteração ocular seja avaliada o quanto antes por um oftalmologista, especialmente durante a infância, quando o diagnóstico precoce pode salvar a visão e até a vida”, reforça a médica.
Quase 8 mil novos casos
No dia 4 de agosto é celebrado o Dia da Campanha Educativa de Combate ao Câncer — uma data voltada à conscientização da população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. Quando se trata do público infantojuvenil, o alerta é ainda mais urgente: segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes entre 2023 e 2025.
Descobrir cedo faz a diferença
No país, são diagnosticados cerca de 400 novos casos de retinoblastoma anualmente, de acordo com o Ministério da Saúde. O diagnóstico é simples e pode ser feito por meio de um exame de fundo de olho com dilatação da pupila, permitindo uma avaliação completa da retina, onde o tumor costuma se desenvolver. “Muitas vezes, os pais têm receio de realizar a dilatação, mas reforçamos que ela é fundamental, especialmente quando há suspeita de retinoblastoma”, pontua a oftalmologista.
O tratamento varia conforme o tamanho e a localização do tumor. “Quando o diagnóstico é feito precocemente e a lesão ainda é pequena, pode-se optar por terapias localizadas, como a crioterapia ou o laser, com boas chances de preservação da visão e do globo ocular”, esclarece a médica. O diagnóstico precoce pode alcançar índices de até 90% de cura e preservação da visão da criança. No entanto, quando diagnosticado tardiamente, pode causar cegueira e até levar ao óbito.
“Em estágio mais avançado, o tratamento geralmente envolve quimioterapia e braquiterapia, com o objetivo de preservar o olho. No entanto, em casos ainda mais graves, em que a criança já perdeu completamente a visão do olho afetado e apresenta dores intensas, a retirada do globo ocular pode ser necessária. Essa medida visa evitar o risco de metástase e preservar a vida da criança. Após a cirurgia, é implantada uma prótese ocular, que mantém a aparência estética”, finaliza a Dra. Caroline Andrade.
Sobre o Hospital de Olhos de Cascavel
O Hospital de Olhos de Cascavel é o único hospital oftalmológico do Paraná com a certificação ONA Nível 3, o que atesta a qualidade e segurança oferecida aos pacientes há mais de três décadas. Com duas unidades localizadas em Cascavel e uma unidade prestes a ser inaugurada na cidade de Toledo, o Hospital de Olhos é referência em cuidado com a visão. Além do corpo clínico altamente qualificado, oferece aos pacientes estrutura moderna com salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem, ambulatórios clínicos e cirúrgicos, todas elas equipadas com tecnologia de última geração para exames e procedimentos.