Bruno Martini Vieira, réu no caso de homicídio da estudante Zahara Hussein Tormos, preso preventivamente desde março, acusado de participação n no crime pediu à Justiça a subsituição da prisão por outras medidas cautelares diversas que podem ser tornozeleira, apresentação mensal ao fórum, proibição de se ausentar do município sem autorização judicial e de se comunicar com outros acusados, testemunhas e parentes das vítimas, pagamento de fiança, etc. O mais comum é o uso da tornozeleira, agregado a outras medidas.
Vieira sempre negou participação no crime, apesar de haver provas e – sua admissão – de que esteve no local do crime, no mesmo dia e horário do assassinato. A tese de defesa de Vieira é que ele apenas atendeu ao pedido de Pamela da Silva de Campos para lhe dar uma carona, pois seu carro estava com defeito naquela noite. O crime foi cometido no bairro Remanso Grande e o corpo da vítima foi encontrado dois dias depois.
Para o Ministério Público, ‘Bruno teria atuado em comunhão de vontades com Pamela da Silva de Campos e outros não identificados. Pamela teria efetuado os disparos de arma de fogo, após imobilizar a vítima com fita adesiva, enquanto Bruno teria conduzido o veículo Chevrolet Corsa, utilizado como apoio logístico à execução e fuga’.
Câmeras de vigilância e relatórios telemáticos, supostamente apontam a movimentação coordenada de ambos antes e após o crime. O corpo da vítima foi encontrado dois dias depois, no interior de seu próprio veículo (Onix Plus), em local ermo. Além de estar sendo acusado de participação ativa no assassinato, Vieira também responde por receptação e ocultação de um notebook.
O pedido de liberdade foi protocolado ontem pelo advogado de defesa de Vieira, Bruno Gustavo Ferreira de Macedo. Para justificar o pedido, o defensor alega que Vieira é tecnicamente primário, isso porque o único processo ao qual respondeu está suspenso.
Vieria foi acusado de adulteração de chassi de uma motoneta que estava conduzindo, no ano de 2022. Segundo Boletim de Ocorrências preenchido pela autoridade de trânsito “no momento da abordagem, o conversar com o piloto da moto, este afirmou que sabia que haveria algum “BO” em cima desta moto, e que não tinha nenhum documento dela. Ele ainda disse que a pessoa que lhe vendeu, teria lhe dito que a moto era baixada do sistema, e que pagou R$ 4.000,00 (Quatro mil reais) por ela”. Vieira foi preso e liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 500. Bruno fez acordo e cumpriu as medidas restritivas impostas pela Justiça e a punibilidade foi extinta.
Vieira afirma que tem residência fixa, trabalha na mesma empresa há cerca de 15 anos e concluiu o ensino fundamental.
O pedido vai passar pela avaliação do Ministério Público e depois segue para decisão da juíza Danuza Zorzi Andrade, onde corre o processo. A mesma magistrada deve proferir nos próximos dias a sentença sobre a acusação contra Vieira e Pamela. Pelo que foi produzido em fase de inquérito policial, a juíza deve determinar que os dois acusados sejam submetidos ao Tribunal de Juri, que julga crimes contra a vida.