Neta terça-feira, dia 22, a Rádio Cultura completa 69 anos de existência, sendo a frequência AM mais antiga do interior, ainda em operação. Uma trajetória que se confunde com a história da cidade! Ao longo de quase sete décadas de existência a Cultura noticiou em tempo real toda transformação de Foz e região, desde a pequena colônia militar, com turismo incipiente, a revolução demográfica causada pela construção de Itaipu, era do comprismo no Paraguai, crises econômicas, tempos de economia estável e progresso…
Pelas ondas da rádio nossos repórteres cobriram a inauguração da Ponte da Amizade, em 1965, sendo a única emissora a fazer a cobertura diretamente de cima da ponte. Acompanhou ainda todas as etapas das obras da Usina de Itaipu, sendo a Rádio Oficial da hidroelétrica durante a construção. Operando no AM 820, já teve difusão via FM e Ondas Curtas, com transmissão intercontinental. Hoje, também pode ser sintonizada pela internet por meio do site radioculturafoz.com.br e aplicativo no celular.
Com programação variada e voltada aos assuntos que interessam à comunidade, sem deixar de lado a cobertura nacional e internacional de política, esportes, economia, a Cultura mantém um público fiel ao longo dos anos, mas também vem atraindo jovens com programação dinâmica e eclética. A rede mundial de computadores aboliu as fronteiras e hoje nossa voz chega ao mundo inteiro!
A rádio firmou-se no cenário político como sendo uma emissora democrática aberta a todos os partidos e políticos de os matizes, forma isenta e sem censura. No cenário religioso, a Cultura é a emissora oficial da Igreja Católica e transmite diariamente a oração da Ave Maria às 18h, e a missa aos domingos, além de retransmitir o programa Experiência de Deus, do Padre Reginaldo Manzotti.
Ainda no âmbito religioso, a Rádio Cultura transmite o Programa A Hora Espírita, o programa está no ar desde a inauguração da rádio, na década de 50, sendo um dos mais antigos programas do país. A Hora Espírita vai ao ar entre 17h e 18h.
Com espaço privilegiado para a informação, a emissora ostenta diariamente quase cinco horas de programas de jornalismo e entrevista. O Jornal da Cultura vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h30 e é comandado pelo jornalista Josué Calebe. As 11h entra no ar o programa Contraponto, com entrevistas e comentários capitaneado pelos comunicadores Nelso Rodrigues, Natália Peres e Joel de Lima.
A Cultura também abre espaço para o entretenimento. Durante as tardes, entre às 13h15 e 16h, o radialista Nelson Fumaça comanda o Show da Cultura, um programa que mistura informação, humor e música, tocando ritmos nacionais como pagode, samba, forró, caipira e sertanejo, contando sempre com a participação dos ouvintes, que participam ativiamente da programação pelo WhatsApp (45) 9 9827 8200 e telefone (45) 3026 8020.
Aos fins de semana a Rádio Cultura também abre espaço para cultura gaúcha e catarinense. Aos sábados, entre 11h e 13h tem o Encontro das Águas, comandado por Iedo Madalozzo o programa promove um encontro cultural e poético com o que há de melhor da cultura gaúcha e fronteiriça. A partir das 13h até às 15h, o Gaiteiro Chasquedor apresenta o Programas Bandas em Festa, onde abre espaço para as bandas catarinenses e alemãs, além de também tocar a música gaúcha. No domingo, entre 9h10 e 12h30, Olavo Batista e Serrinha se dividem na apresentação do Canto Pampeano, programa oficial do CTG Charrua.
Nos bastidores da rádio, desde 1985, está o técnico Valdir Sampaio, responsável pela programação. Depois de tanto tempo na emissora, Sampaio já é considerado patrimônio da Rádio Cultura. “Entrei a convite de um colega de escola, fiquei seis meses como operador, vim para este setor e nunca mais sai. Aprendi muito aqui!”, resume Valdir.
A rádio entrou no ar em 22 de julho de 1956. Fruto de uma conversa informal de um grupo de empresários no antigo Hotel Cassino. Aliás, um quarto do próprio hotel foi o primeiro endereço da emissora. Os nove empresários, capitaneados pelo major José Acelino de Castro, presentes no dia em que nasceu a ideia de se instalar uma rádio na cidade viraram sócios do empreendimento. Na época, a cidade não tinha mais que dez mil habitantes.