Foz tem 2.491 pessoas aguardando por cirurgia de catarata

Segundo Secretaria de Saúde procedimentos demoram no máximo 70 dias para serem realizados por isso a fila não preocupa.

Maior parte das cirurgias são realizadas no Poliambulatório

Entre os milhares de pacientes que aguardam procedimentos cirúrgicos pelo SUS em Foz do Iguaçu, existem 2.491 pessoas na fila para uma cirurgia considerada bastante simples: catarata.

Catarata é uma doença oftalmológica caracterizada por uma mancha que surge na parte cristalina do olho. A catarata mais comum é a chamada de senil, que é consequência do envelhecimento natural do cristalino, portanto, a maioria dos candidatos ao procedimento são idosos.

A catarata é uma das principais causas da perda de visão no mundo, mas a correção é bastante simples, se resumindo a extração do cristalino opaco e sua substituição por uma lente sintética transparente que permite restaurar a visão. Não há internação pós-cirúrgica e os cuidados para recuperação também são simples.

A prefeitura de Foz do Iguaçu não tem equipe própria para esta finalidade, mantendo contrato com três empresas privadas para realização de mutirões de cirurgias. O custo unitário do procedimento para o município é R$ 1.157,40.

Segundo a Secretaria de Saúde são realizadas cerca de 90 cirurgias por mês. “O quantitativo atual não representa um problema para o município, uma vez que o tempo médio de espera para a realização completa do procedimento de catarata — incluindo consulta, pré-operatório e cirurgia — é de aproximadamente 70 dias, sendo que o intervalo entre o pré-operatório e a cirurgia não ultrapassa 40 dias”, informou.

Quando há uma demanda superior a essa capacidade, informou a nota, o governo do estado complementa o número de procedimentos. A reforma estrutural realizada no Poliambulatório possibilitará um aumento de procedimentos cirúrgicos via programa Opera Paraná, o que inclui também as cirurgias de catarata.

A secretaria disse ainda que a fila não será zerada em momento algum, tanto pela presença de pacientes pendentes, quanto pela entrada contínua de novos usuários diariamente. “Atualmente, o paciente com maior tempo de espera na fila para esse procedimento está cadastrado desde junho de 2025. Alguns usuários podem, eventualmente, permanecer mais tempo aguardando por motivos clínicos, como a necessidade de outros exames, intercorrências de saúde próximas à data do procedimento (que demandam remarcação), ou indicação de intervenções cirúrgicas mais complexas”, explicou a nota.

A secretaria informou ainda que, do total de casos cadastrados, 47 são casos pendentes, pois a secretaria não conseguiu contato, mas que não podem ser excluídos da fila.

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