A prefeitura de Foz do Iguaçu vai pagar a primeira parcela do 13º salário somente dos servidores ativos, que protocolaram solicitação neste sentido. A atitude, porém, desagradou os dirigentes sindicais da categoria. “Ficou combinado, em reunião com a secretária Larissa (Administração) e general Garrido (Finanças e Orçamento) que seria pago a todos os servidores ativos. Eles não cumpriram a palavra’, afirmou o presidente do Sismufi – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Aldevir Hanke. Para o sindicalista esse não pagamento gera situações complicadas para os servidores que contavam com esse dinheiro extra.
A presidente do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi) Viviane Dotto disse que a atitude prefeitura – primeiro anunciar que pagaria para todos os servidores e depois pagar somente para quem solicitou – gerou duas ondas de descontentamento entre os profissionais da educação. “Quando foi anunciado que todo mundo iria receber, muitos reclamaram, pois preferem receber somente no final do ano. Agora, muitos que queriam o adiantamento ficaram frustrados por não terem recebido”, explicou.
Isso porque, com o anúncio do pagamento para 100% dos servidores, muitos deixaram de formalizar o desejo de antecipação da verba. “Orientamos que eles protocolem o pedido, pois, a prefeitura pode pagar a qualquer momento se assim entender”, disse a professora sindicalista.
E é justamente neste sentido que a administração vai seguir: “muitos servidores manifestaram que não gostariam de receber neste momento. Acabam gastando agora e em dezembro não têm nada a receber. Achou-se por bem pagar agora – 11 de julho – quem já pediu e pagaremos oportunamente os novos requerimentos”, explicou o secretário de Finanças e Orçamento, Eduardo Garrido. Cerca de 1.200 servidores pediram o adiantamento, de um total de quase sete mil.
A antecipação do pagamento do 13º salário é uma prerrogativa da administração. Não há nada de irregular em não fazer a concessão do adiantamento. No governo Chico Brasileiro, por exemplo, todos os servidores sabiam que só receberiam caso formalizassem a intenção.