A prefeitura de Foz mantém em regime de teletrabalho mais de oitenta servidores efetivos. São trabalhadores lotados nas mais diversas secretarias e autarquias e desempenhando funções, aparentemente, incompatíveis com o home office.
Na relação enviada pela Comunicação Social da prefeitura estão, por exemplo, educadores sociais, fiscais da Secretaria da Fazenda, secretário de escola, professor, biólogo, engenheiro ambiental, etc. Funções que, normalmente, o município tem carência de mão-de-obra e que poderiam reforçar a prestação de serviços à população presencialmente.
Há ainda uma médica neuropediatra e uma procuradora do município que sequer moram no Paraná, trabalhando em regime de teletrabalho desde a aprovação em concurso.
Apesar das dezenas de servidores trabalhando a partir de suas casas, não há no âmbito do município uma lei ou mesmo decreto que regulamente a concessão do teletrabalho ou regras claras de mecanismos que permitam a fiscalização da produtividade. Desta forma, a concessão pode estar servindo para que o contribuinte pague – através de seus impostos – o salário de um servidor que não está desempenhando a contento suas funções.
Questionado sobre a forma como são monitorados os trabalhadores a distância a Comunicação Social informou que a Secretaria de Administração está elaborando uma minuta de projeto com essa finalidade para ser apresentada ao prefeito. Caso o general Silva e Luna aprove, o projeto deve seguir para a Câmara de Vereadores. Vale lembrar que muitos destes servidores estão em teletrabalho há anos e, ao que tudo indica, nunca foram fiscalizados de forma efetiva.