Além das 55 sessões ordinárias realizadas por ano, os vereadores se reúnem para as sessões extraordinárias, convocadas para tratar de assuntos mais urgentes, e solenidades para concessão de Moção de Aplauso, entrega de Títulos de Cidadão Honorário e mais de dez tipos diferentes de condecorações a personalidades de destaque em suas áreas de atuação como de saúde, segurança pública, educação, turismo, imprensa, ciência e tecnologia, empreendedorismo, direitos humanos, esporte, religião, lideranças comunitárias e outras áreas de relevante interesse social. Estes eventos movimentam toda equipe de cerimonial da casa, em horário de expediente e fora dela, gerando gastos como horas extras, energia, entre outros.
Desde o início deste ano, quando o presidente Paulo Debrito fez aprovar um cargo de Diretoria de Cerimonial, com salário de R$ 12.850,11, sob a justificativa de que o setor estava sobrecarregado com tantas homenagens, o assunto entrou em debate naquela casa de leis.
A vereadora Yasmin Hachen foi a primeira a se manifestar sobre o que ela considera excesso de titulações. Yasmin apresentou projeto reduzindo de dois por ano para dois por legislatura a possibilidade de cada vereador indicar Título de Cidadão Honorário. O projeto recebeu parecer contrário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação e sequer deve ir à votação no plenário. O parecer do presidente da CCJ, vereador Fruet, alegou que tal ‘matéria afronta diretamente a prerrogativa constitucional e regimental dos vereadores, enquanto agentes políticos legitimados para exercer com independência suas funções legislativas’.
Agora, o mesmo vereador, apresenta proposição para diminuir as condecorações a personalidades destaques, incluindo todas as categorias numa única premiação. Fruet quer instituir o Prêmio Destaque do Ano da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, a ser realizada todo mês de novembro.
O projeto revoga todos os demais deixando apenas os títulos de Cidadão Honorário, Moções de Aplauso e esta nova modalidade de premiação. “Organizar múltiplos eventos separados gera custos significativos em termos de logística, produção, marketing, pessoal e tempo”, escreveu o vereador.