Acusados do assassinato de Zahrará responderão por seis crimes

Ministério Público ampliou acusação incluindo novos crimes que teriam sido cometidos pelo casal.

Além de responder pelo assassinato qualificado, por meio que impediu a defesa da jovem Zarhará Hussein Tormos, o casal Pâmela da Silva de Campos e Bruno Martini Vieira também está sendo acusado pelo Ministério Público de outros cinco crimes. Os acusados, que cumprem prisão preventiva, alegam inocência e a polícia ainda não descartou a participação de mais uma pessoa no assassinato.

A inclusão de novos crimes se deu após o avanço das investigações, com a descoberta e comprovação de outros fatos, e o promotor Nielson Norberto de Azeredo complementou a denúncia inicial. Essa nova denúncia também já foi aceita pela justiça.

Pâmela deverá se defender também de furto de uma bolsa, contendo um notebook e um celular Iphone; crime de ameaça, através de mensagens enviadas por ela para Zarhará; invasão de dispositivo informático e supressão de documento.

A bolsa de Zarhará foi identificada por imagens de câmeras de segurança na posse de Pâmela. Embora o aparelho celular e o computador da vítima não tenham sido encontrados, é certo que se estavam dentro da bolsa usada por Zahará na noite de sua morte. Do celular não se tem notícias, mas o notebook foi alcançado por meio de sinal de e-mail da vítima no endereço de Bruno.

O crime de ameaça foi objeto de denúncia de Zahará, na Polícia Civil, pouco antes de seu assassinato. Um telefone celular, com prefixo 46, enviou diversas mensagens anônimas com ofensas e ameaça de morte para a jovem. No curso da investigação foi identificado que o número apresentava conexões de endereços IPs vinculados à conta da denunciada Pamela.

A perícia realizada no telefone celular de Pamela demonstrou que, após o assassinato, ela invadiu o notebook de Zarhará e acessou dados e informações sigilosas da vítima por meio dos logins e senhas salvos no ‘Gerenciador de Senhas do Google’, notadamente em sites do Governo Federal, da instituição financeira Cooper Card, da rede social Instagram e da plataforma de comércio eletrônico AliExpress.

Por último, Pamela responderá ainda por supressão de documento. Também com base em dados colhidos em seu celular, ficou claro que a denunciada destruiu a Carteira Nacional de Habilitação pertencente à vítima Zarhará Hussein Tormos.

Já Martini vai responder pelos crimes de assassinato qualificado e receptação, pois a localização, por sinal de satélite, mostra que o endereço de e-mail de Zarhará, utilizado em seu notebook, apontava para uma área próxima ao endereço do denunciado.

Se condenados a todos os crimes, Pâmela pegará no mínimo 17 anos e um mês e máxima de 45 anos e seis meses. Só poderá progredir de pena após dez anos de regime fechado. Bruno pegará pena menor, sendo a condenação mínima de 13 anos e a máxima de 34 anos. Neste caso, só poderá ir para o semiaberto após oito anos de cárcere.

 

 

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