Ricardo Castro Rocha estudava medicina em Ciudad del Este, no Paraguai, e não fazia contato com a família desde o dia 15 de abril. Ele sumiu após embarcar em um voo para a Rússia, no dia 16 de abril. No último domingo (27), o amigo que levou Ricardo até o aeroporto em Foz do Iguaçu, disse que viu uma postagem dele nas redes sociais e avisou a família e a advogada da família Celia Martinez.
A produção da Rádio Cultura entrou em contato com a advogada, que confirmou a informação. “Apesar da comunicação estar bem ruim, ele falou com o pais e disse que estava na Rússia, mas, por enquanto, não tenho mais detalhes sobre a conversa e o motivo da viagem. Para os pais, Ricardo tinha dito que faria uma viagem para Assunção, capital do Paraguai. Nunca tinha mencionado qualquer plano de ir à Rússia”.
No dia 22 de abril, a Polícia Federal informou que tinha recebido uma comunicação oficial sobre o suposto desaparecimento do brasileiro Ricardo Castro Rocha, estudante de Medicina em uma instituição de ensino superior localizada em Ciudad del Este, Paraguai.
“O registro do desaparecimento foi realizado por seus pais junto à Polícia Civil do Paraná, em Foz do Iguaçu, bem como à Polícia Nacional Paraguaia, que conduz, em conjunto com o Ministério Público do Paraguai, as investigações sobre o caso.
A Polícia Federal esclarece que tem prestado apoio técnico às autoridades responsáveis pela apuração dos fatos e confirma, com base em informações oficiais, que o referido cidadão embarcou sozinho, com duas malas despachadas, em voo doméstico com origem em Foz do Iguaçu e destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na manhã do dia 16 de abril. Na noite do mesmo dia, há registro de seu embarque em voo internacional com destino a Moscou, na Rússia, com escala em Doha, capital do Catar, e chegada prevista para o dia 17 de abril.
As investigações estão a cargo da Fiscalía Regional de Ciudad del Este, vinculada ao Ministério Público do Paraguai, com o apoio da Polícia Nacional Paraguaia. A Polícia Federal segue acompanhando o caso, mantendo a cooperação e o intercâmbio de informações por meio do Comando Tripartite”.
A Polícia Federal e o representante do Comando Tripartite, no Paraguai, não receberam nenhum comunicado oficial sobre o contato que o estudante fez com os pais.