Inquérito revela provas que a polícia reuniu contra os réus pela morte de Zarhará

Pamela se manteve calada e Bruno confirmou que esteve próximo do local onde a vítima foi rendida e que foi buscar a namorada no Remanso Grande.

Com a derrubada do sigilo sobre o processo criminal contra Pamela da Silva e Bruno Martini Vieira, acusados do assassinato de Zarhará Hussein Tormos, vem à tona as provas que pesam contra ambos. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e, após a confirmação das provas obtidas durante inquérito policial, os acusados devem ir à Júri Popular.

Os dois suspeitos já estão presos preventivamente e Bruno pediu à Justiça para responder em liberdade, porém, o MP manifestou-se pela manutenção da prisão preventiva dos acusados, tendo em vista a gravidade dos fatos, a necessidade de resguardar a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal.

Em seu primeiro interrogatório a ré Pamela manteve silêncio, alegando ter sido pega de surpresa pela acusação. Já o réu falou por mais de 40 minutos ao delegado Marcelo Pereira Dias e, apesar de não assumir a participação na morte de Zarhará, ele admitiu que esteve próximo da faculdade no horário em que a vítima – que ele alega não conhecer – foi rendida em seu próprio automóvel e também que foi buscar a namorada no Remanso Grande, próximo das 23h, no dia 26 de fevereiro. O corpo foi encontrado nesta mesma região dois dias depois.

Segundo Vieira, Pamela não lhe explicou o motivo de ela ter pedido para ela busca-la na zona rural da cidade, naquele horário. “Fiquei fora de mim com esse pedido sem nenhuma justificativa”, disse ao delegado. Questionado se acreditava que Pamela estava sozinha na noite em que pediu carona para voltar para casa, alegou que não, mas também não soube dizer quem poderia estar com a ré.

As provas que pesam contra Pamela são suas digitais no carro da vítima, rastreio de localização da tornozeleira (ela cumpre pena por tráfico de drogas no Rio Grande do Sul), posse do notebook e celular da vítima, pelo que, inclusive responderá por furto.

A polícia também conseguiu comprovar a ligação de Pamela com um celular de DDD 46 o qual fez diversas ameaças de morte à Zarhará dias antes do crime.

Já a acusação de participação do réu está baseada em imagens de câmeras de segurança de diversas ruas e estradas por onde ele passou na noite do crime, as quais ele confirmou serem verídicas.

Segundo a denúncia provavelmente há um terceiro envolvido no crime, sendo que pelas imagens das câmeras de segurança o que se deduz é que Bruno tenha agido para dar fuga aos assassinos. “Segundo o incluso inquérito policial, a denunciada PAMELA, com o auxílio de outra(s) pessoa(s) ainda não identificada(s), imobilizou a ofendida Zarhará Hussein Tormos com fita adesiva e a colocou no banco traseiro do citado veículo Onix Plus, de propriedade da vítima, local onde esta foi executada.”, trecho da denúncia oferecida pelo promotor Nielson Norberto de Azeredo. A presunção de outros envolvidos é pelo fato que, dificilmente, Pamela tenha conseguido sozinha imobilizar a vítima antes de desferir os tiros.

 

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