Parque Nacional lado argentino estará fechado nessa quarta-feira, 27

Mobilização faz parte de um protesto nacional organizado por guardas-parques; setor de turismo de Porto Iguaçu considera a medida arbitrária.

Foto: Rádio Yguazú

A manifestação é um protesto porque quatro guardas-parques estão sendo acusados de homicídio culposo (sem intenção de matar), violação dos deveres de funcionário público e lesões graves, por causa de um acidente que aconteceu em janeiro de 2016, quando duas crianças, de 3 e 7 anos, morreram depois que uma árvore de 40 metros de altura caiu sobre elas. Foi durante uma tempestade de vento, na costa do Lago Lácar, em San Martín de los Andes, Sul da Argentina. De acordo com o Ministério Público, os guardas são culpados e poderiam ter evitado a tragédia.

Guardas-parques de todo o país consideram injusta a acusação e, para chamar a atenção, anunciaram o fechamento total do Parque Nacional (lado argentino), nessa quarta-feira (27), quando será realizada a audiência de pré-julgamento dos quatro servidores, no Tribunal Oral Federal de Neuquén.

Além do protesto dessa quarta-feira, também estão previstas manifestações nos dias 30 de outubro e 2 de novembro, datas em que os servidores serão levados a julgamento, em primeira instância, na província de Neuquén.

Empresários do setor de turismo, em Porto Iguaçu, manifestaram preocupação com a repercussão que essa medida poderá ter na indústria turística da região. Em entrevista à  Rádio Yguazú Misiones, Diego Bruno, presidente da Associação de Hotéis Gastronômicos e Afins do Iguaçu (AHGAI), considerou a medida muito arbitrária. “Somos a favor dos guardas-parques nesta situação, mas o que não podemos apoiar é a forma como isso vai ser feito. Ir contra o trabalho de milhares de trabalhadores do setor, creio que não é o caminho”, disse o presidente da AHGAI.

Além disso, expressou sua solidariedade aos guardas-florestais envolvidos. “Não conheço os detalhes da decisão, mas acredito que é muito injusto que 4 guarda-parques sejam processados ​​por um acidente aleatório”.

Bruno destacou ainda, que “o impacto negativo na imagem do destino é muito ruim, sem falar do lado econômico. A cidade vive do turismo, vive do Parque Nacional, então vamos entender que não precisamos ir na contramão do trabalho no Parque”.

 

 

 

 

Sair da versão mobile