Informalidade aumenta em Cidade do Leste, onde 10 mil pessoas vivem do contrabando

Aduana paraguaia da Ponte Internacional da Amizade.

A informalidade no Paraguai se espalha por todos os setores da economia, principalmente nas faixas de fronteira do país com a Argentina e o Brasil, por onde passam a maioria dos produtos ilegais, como é o caso da região de Cidade do Leste, onde a atividade cresce cada vez mais.

É o que denuncia o representante do setor comercial e das Micros, Pequenas e médias empresas (Mipymes) do departamento de Alto Paraná, Iván Airaldi. Segundo o empresário, não só os industriais nacionais são atingidos pelo setor informal, mas também as pequenas empresas.

“Temos muita informalidade nos negócios, a informalidade cresceu 300%. Na região (Cidade do Leste), temos cerca de 10 mil pessoas envolvidas no contrabando”, disse Airaldi.

Faltam políticas de desenvolvimento

Como mecanismos de ação ou alternativas para enfrentar o comércio informal, Airaldi mencionou que, como vem sendo discutido há algum tempo, a economia de Cidade do Leste pode ser diversificada, sendo necessária uma política de desenvolvimento no Paraguai.

Embora o Alto Paraná já abrigue muitas indústrias, principalmente brasileiras, que utilizam o país como base de operações e exportam preferencialmente pelo regime maquila e até de zona franca, onde gozam de incentivos e benefícios fiscais, que é o que pode ser focou mais na promoção do país para atrair investimentos e industrialização.

Em relação ao contexto comercial, já da Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este, indicaram recentemente que a recuperação comercial ocorre apenas em 30 e 40%, para os quais o fator de emprego recuperou 20% das fontes de mão de obra existentes no microcentro antes da pandemia.

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