No Catar, Mexicana é estuprada, denuncia e é condenada a 7 anos de prisão e 100 chibatadas

A mulher, que é muçulmana, fazia parte do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2022.

Em junho de 2021, Paola Schietekat Sedas, uma mexicana que participa do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2022, trabalhava nos preparativos finais para a realização do evento esportivo quando conheceu um homem colombiano no Catar, que será o próximo país-sede da competição.

Pouco depois, esse rapaz invadiu o local onde ela se hospedava e a violentou sexualmente, deixando para trás diversas provas documentadas no sistema de segurança do local, em trocas de mensagem e em fotografias do apartamento e dos hematomas.

O que já era traumatizante o suficiente se tornou ainda pior quando a vítima decidiu apresentar uma denúncia em uma delegacia próxima; ao confrontar o agressor, o homem alegou que eles estavam em um relacionamento e que, dessa maneira, estaria amparado.

Sendo uma mulher muçulmana, ela foi enquadrada pela lei islâmica; passou de vitima a culpada por adultério em um suposto caso extraconjugal por ele apontado, sendo condenada a 100 chicotadas e mais sete anos de prisão.

Tal decisão mobilizou o consulado mexicano e diversas autoridades para que Paola não fosse presa, conforme ocorreu no mês seguinte ao crime, deixando o país com auxílio do Comitê Supremo de Entrega e Legado.

Somente na última quarta-feira, 18, Paola conseguiu garantir sua estadia no México após se encontrar com Marcelo Ebrard, ministro de Relações Exteriores do México, conforme informou o portal da TV Cultura.

Fonte: Aventuras na História

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