Direção do Hospital Municipal e Sindicato da Saúde debatem recursos humanos

O programa Contraponto, da Cultura, recebeu nesta quarta-feira (16) os representantes da Fundação Municipal de Saúde e do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de Foz do Iguaçu e Região (SEESSFIR), para de debater as demandas dos profissionais que trabalham no Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

O presidente do Sindicato, Paulo Sérgio, reclamou do departamento pessoal do hospital e questionou o corte de horas-extras da enfermagem. Ele mostrou rescisões contratuais de funcionários feitas erradas. Sérgio questionou as funcionárias grávidas que trabalharam durante a pandemia, salientando os problemas de recursos humanos. “Temos uma grande falha de recursos humanos que precisa ser revista”.

Dr. Amon explicou que os erros nas rescisões aconteceram por problemas de sistema, mas ressaltou que não são comuns. O presidente falou ainda sobre o aumento de gastos gerado pela pandemia não seria mais suportado, podendo comprometer o funcionamento hospitalar. “Eu entendo o período de pandemia que foi necessário aumentar os gastos, mas esse aumento de gastos foi numa proporção tão grande que poderíamos chegar a decretar o fechamento do hospital”, disse.

O diretor-presidente falou sobre a folha de pagamento da Fundação Municipal, que engloba hospital e duas UPAs, e chegou a R$ 6.1 milhões em alguns meses de 2021. Antes da pandemia, esse valor era de R$ 3.5 milhões.

“Quando chamou alguns funcionários para discutir essa situação do departamento pessoal, a gente viu que haviam muitas Incongruências nos pagamentos que eram feitos. Hoje o hospital é todo digital, informatizado, o sistema de conferência de horas é com ponto eletrônico e me causou muita estranheza ver todas aquelas folhas serem feitas por planilhas de Exel, assinadas por carimbo sem passar pela digitalização do ponto eletrônico”, disse.

O médico contou ainda, que alguns enfermeiros chegaram a receber em 2021, R$ 25 mil por mês, somando o salário base que é R$ 3,790, cargo comissionado e mais horas-extras. “Chegou ao absurdo em de a gente ver alguns salários, e o portal da transparência é claro para todo mundo, ver alguns salários de enfermeiras e enfermeiros, de R$ 25 mil por mês. A primeira medida que eu tomei em outubro foi proibir a hora-extra de cargo comissionado e função gratificada”, disse.

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