Foz do Iguaçu discute a possibilidade ou não de implantar o chamado passaporte de vacina, proibição da entrada de pessoas em alguns locais sem comprovação da imunização completa contra a Covid-19. Em entrevista à Rádio Cultura, o representante da Associação Comercial e Empresarial de Foz (ACIFI) disse que a entidade é contra. Quem também se posicionou contra foi o Bispo da Igreja Católica em Foz, Dom Sérgio de Deus.
Para emitir sua opinião, Dom Sérgio foi até a Câmara Municipal de Vereadores, e utilizou a palavra na sessão de terça-feira, 07. “Aqui na nossa Diocese nós temos esse parecer. Não sou contra a vacina, sou favorável, tomei duas doses e vou tomar a terceira, tenho orientado o nosso povo católico tomar a vacina, usar máscara. Então, se temos todos esses meios de prevenção, não há necessidade de passaporte de vacina, não há necessidade disso” argumentou.
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Segundo o Bispo, a exigência de passaporte de vacinação promoveria uma divisão da sociedade semelhante ao nazismo. “No passado nós já tivemos situações de divisão da sociedade. Veja o que fez Hitler, ele dividiu a sociedade, o Judeu tinha que andar com uma estrela no peito pra mostrar que era diferente dos outros e aí começa a perseguição, o estigma social. Então não podemos permitir esse tipo de situação e devemos estar atentos” ponderou. “As vezes se começa a tomar decisões sem muita reflexão e são decisões que podem trazer prejuízos a liberdade fundamental do cidadão” disse.
Dom Sérgio lembrou que estão acontecendo protestos contra o passaporte em vários países. Por outro lado, admitiu que o vaticano está cobrando o documento. “O Vaticano não se posicionou sobre isso, me parece que em alguns eventos precisa apresentar a carteirinha, então lá, me parece que tem alguns ambientes que exige a carteirinha de vacina” concluiu.
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