Abertura de fronteiras poderá causar desabastecimento de combustível na Argentina

Mesmo com a fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu aberta desde o último dia 27 de setembro, a quantidade de brasileiro que atravessam a Ponte Internacional Tancredo Neves ainda é pequeno. Um dos motivos são as exigências para entrar no país vizinho, como teste PCR e vacinação completa contra a Covid-19.

Com o avanço da vacinação na Argentina, que já passou os 50% da população vacinada com 2ª dose, espera-se que as exigências diminuam nas próximas semanas. Além do turismo e da gastronomia oferecida por Puerto Iguazú, um atrativos deverá ser o combustível mais barato.

Para frear a inflação e estimular a economia, o governo da Argentina congelou os preços dos combustíveis. Na província de Misiones, por exemplo, o produto chega a custar a metade dos preços praticados no Brasil e Paraguai. Em Puerto Iguazú a gasolina é comercializada a R$ 2,90 o litro.

Para o presidente da Associação de Postos de Combustíveis do Nordeste Argentino (Cesane), Faruk Jalaf, o preço muito inferior aos praticados nas cidades vizinhas à fronteira de Misiones poderá causar uma corrida aos postos, o que deve causar desabastecimento.

Jalaf contou ainda, que o combustível hoje vendido a 90 pesos, deverá ser reajustado em 3% a cada mês, acompanhando a inflação, para que não haja um aumento acumulado.

Em outros anos, quando o combustível na Argentina já custava mais barato que no Brasil, os postos de Puerto Iguazú adotaram a medida de estabelecer bombas de gasolina específica para veículos estrangeiros. A estratégia servia para que o produto não faltasse para os motoristas argentinos.

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