Um grupo de manifestantes permaneceu em Brasília (DF) após a manifestação de 7 de Setembro, acampados na área da Esplanada dos Ministérios e em outros pontos da capital. Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão voltados ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) à espera de que o pedido de destituição dos ministros seja atendido.
Entre os manifestantes está Dila Kunzler, de Foz do Iguaçu, que chegou à Brasília de motorhome no último dia 2 setembro e pretende ficar até que as reinvindicações sejam atendidas.
Na noite de quarta-feira (8), a Polícia Militar do Distrito Federal tentou retirar o acampamento dos manifestantes da Esplanada, mas não conseguiu após três horas de negociação. O grupo de Dila ficou nos três primeiros dias no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e agora estão em um dos acampamentos próximo a Rodoviária de Brasília.
“Nós viemos com o propósito até que tudo tenha uma solução, uma resposta do que vai acontecer. Ninguém está aqui pra dizer ‘nós estamos a favor do Bolsonaro’, a gente quer que nossa liberdade seja mantida. O que a gente quer é respeito pela constituição, que os poderes cada um fique no seu quadrado, que cada um tome sua atitude, mas sem prejudicar e sem intervir em outra instituição (…) Se conseguimos, conseguimos, se não conseguimos, vamos embora. Mas enquanto houver uma esperança vamos continuar aqui”, disse a manifestante iguaçuense.
Os manifestantes que permanecem na Esplanada montaram um acampamento aos moldes da “Semana Farroupilha”, com direito a costela fogo de chão. O coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime, disse que é preciso restabelecer a Esplanada. No local estão cerca de 40 viaturas da PM, além de caminhões do Corpo de Bombeiros.
O prédio do STF está sendo protegido por agentes da Polícia Federal. Na noite de ontem manifestantes tentaram passar a grade que limita o espaço da Praça dos Três Poderes e o edifício e foram dispersados pelos federais.