Caminhoneiro diz que maioria não quer participar da paralisação

Imagem: PRF/PR

Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta quinta-feira (9), um dos caminhoneiros que permanece parado no acostamento da BR 277 em Santa Terezinha de Itaipu, disse que não concorda com a manifestação e afirma que a maioria dos caminhoneiros está sendo obrigada a participar.

O caminhoneiro, que preferiu não se identificar, entende que a pauta do protesto não diz respeito à classe. “Ninguém parou por espontânea vontade, é indicado para entrar no pátio do posto e você tem que ficar ali para não ter problemas maiores. Em nenhum momento a gente ouve falar que essa paralização é para baixar o óleo diesel, para subir o frete, ter um subsídio para o caminhoneiro autônomo poder comprar um caminhão melhor, porque hoje a gente vive com uma frota sucateada e o subsídio é muito difícil chegar no autônomo”, disse.

Outra dificuldade apontada pelo caminhoneiro é identificar quem são os líderes do movimento. Para ele, a pauta não representa o movimento do transporte, que tem outras prioridades. “Acho que a classe está comprando uma briga que não é nossa, estamos sendo usados como massa de manobra e alguns companheiros não estão vendo isso. (…) A gente está praticamente obrigado a ficar parado”.

O inspetor Pierre, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Foz do Iguaçu, disse que até o final da manhã de quinta-feira não houve pontos de bloqueio de veículos de passeio, mas que caminhões e carretas são convidados a entrarem nos postos de combustível e engrossar a manifestação. “A Polícia Rodoviária federal está atenta, trabalhando e monitorando com equipes 24 horas no trecho para prover a segurança viária”, disse.

Porém, o inspetor observou que a maioria dos caminhoneiros são contrários a paralização. “Se fizermos um paralelo com a manifestação de 2018, onde teve uma adesão muito maior, então nós percebemos que na sua grande maioria os caminhoneiros não querem participar dessa manifestação, mas infelizmente alguns poucos estão se aproveitando dessa situação para provocar uma situação crítica, caótica. Mas os órgãos de fiscalização estão fazendo seu trabalho para garantir o livre trânsito e a liberdade de ir e vir”, afirmou o inspetor.

Se algum caminhoneiro quiser deixar o locar da paralização deve procurar uma equipe da PRF que está fazendo o monitoramento ao longo da rodovia.

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